Que JorZueira!
ELA VEM CHEGANDO
Zazueira
Jorge Ben
Ela vem
chegando
E feliz vou esperando A espera é difícil Mas eu espero, sambando. Menina bonita com céu azul Ela é uma beleza Menina bonita, você é demais Alegria da minha tristeza Zazueira, zazueira Zazueira, zazueira Ela vem chegando E feliz vou esperando A espera é difícil Mas eu espero, sambando Uma flor é uma rosa Uma rosa é uma flor É o amor essa menina Essa menina é o meu amor Zazueira, zazueira Zazueira, zazueira |
Entra no palco um cara vestindo
aquelas roupas espanholas, nobre e altivo, com uma cinta passada alta na
barriga: as mulheres vão entrando uma após a outra, desde uma mais jovem de 18
anos até as de mais idade, com todo tipo de roupas, desde as fuleiras e
roceiras até as empertigadas com vestidos de noite, de bermuda e mini-saia (são
trabalhadoras, madames, o que for a volta do homem ideal, que o cortejam
enquanto ele canta). Ele as corteja de mil modos graciosos.
A orquestra está em volta da platéia para
simbolizar o real envolvente, a nova disposição de amar de todos e cada um.
Depois é mulher ideal que canta (“ele
vem chegando”) e vão surgindo homens, no mesmo estilo, homens variadíssimos, de
várias idades, classes sociais, conhecimentos, dignidades, operários e
intelectuais, nobres e jovens ardentes. A platéia é estimulada a dançar nas
cadeiras. Por fim o teatro vira tremenda barafunda confraternizante, pois os
homens e as mulheres cantam uns para as outras e vice-versa, para celebrar a
união e a aventura humana de dezenas de milhares de anos.
Vitória, agosto de 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário