terça-feira, 28 de novembro de 2017


Que JorZueira!

 

                            ELA VEM CHEGANDO

Zazueira
Jorge Ben
 
Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero, sambando.

Menina bonita com céu azul
Ela é uma beleza
Menina bonita, você é demais
Alegria da minha tristeza

Zazueira, zazueira
Zazueira, zazueira

Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero, sambando

Uma flor é uma rosa
Uma rosa é uma flor
É o amor essa menina
Essa menina é o meu amor

Zazueira, zazueira
Zazueira, zazueira

Entra no palco um cara vestindo aquelas roupas espanholas, nobre e altivo, com uma cinta passada alta na barriga: as mulheres vão entrando uma após a outra, desde uma mais jovem de 18 anos até as de mais idade, com todo tipo de roupas, desde as fuleiras e roceiras até as empertigadas com vestidos de noite, de bermuda e mini-saia (são trabalhadoras, madames, o que for a volta do homem ideal, que o cortejam enquanto ele canta). Ele as corteja de mil modos graciosos.

 A orquestra está em volta da platéia para simbolizar o real envolvente, a nova disposição de amar de todos e cada um.

Depois é mulher ideal que canta (“ele vem chegando”) e vão surgindo homens, no mesmo estilo, homens variadíssimos, de várias idades, classes sociais, conhecimentos, dignidades, operários e intelectuais, nobres e jovens ardentes. A platéia é estimulada a dançar nas cadeiras. Por fim o teatro vira tremenda barafunda confraternizante, pois os homens e as mulheres cantam uns para as outras e vice-versa, para celebrar a união e a aventura humana de dezenas de milhares de anos.

Vitória, agosto de 2005.

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