A Profissionalização
do Crime Organizado
O que podemos
esperar do chamado “crime organizado”?
É claro que sempre
foi organizado, o que se está perguntando é pelo nível de organização.
COMO AS ESCOLAS
·
Crime
de primeiro grau (aquele antigo em que se começava da criminalidade prática,
como ato, como fazer; Al Capone em 1930 era um desses);
·
Crime
de segundo grau (quando os filhos dos criminosos foram às escolas como as
outras crianças, esperando ser diferentes e “sair daquela vida”);
·
Crime
de terceiro grau ou universitário (são SEIS MIL as universidades no mundo –
fatalmente os filhos dos filhos, os netos do crime serão universitários e programarão
todos políticadministração com curvas de custos & benefícios, com pesquisa
& desenvolvimento teórico & prática e assim por diante; contratarão
advogados, contadores, administradores e economistas, para não dizer sociólogos
e seguirão o ritmo do aprimoramento das faculdades);
·
Crime
que entrará no nível de mestrado (já com política agressiva de investimentos,
consolidando o que pensam ser agora patrimônio familiar e grupal, como qualquer
empresa que visa crescer “honestamente” através de sonegação);
·
Crime
no nível de doutorado (pensando na propagação universal);
·
Crime
no nível de pós-doutorado, como se fosse um favor à humanidade a expansão
desenfreada e competitiva com os valores “do bem”.
A
PERSISTÊNCIA DO CRIME
(a Curva do Sino nos diz que há dois lados; eles advogarão que devem fazer bem
sua parte no contexto das nações e que isso até tem um valor civilizatório e socioeconômico
positivo). A Curva Normal também serve à anormalidade como Curva Anormal.
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Eles usarão todos os
instrumentos.
Só no México os cartéis respondem por
uma fração maior do PIB que a estatal de energia, a Pelmex. Seria preciso fazer
em todo o mundo uma avaliação realista disso, pois logo valores tão grandes
contratarão tanta gente quantos os militares, porque se trata de sobrevivência
do grupo, portanto, de luta pela sobrevivência para conseguir aptidão e futuro
para a criminalidade.
Logo eles contratarão os “gênios do
crime”, os chamados “gênios do mal”, se já não o fizeram, porque estamos
falando de tantos bilhões de dólares que já chegam perto do trilhão, se não
ultrapassou. São poderes que só não competem com os do Estado porque junto a
este, por dever de profissão, está a Igreja (em cuja origem está Cristo). Não
fosse isso o Estado seria facilmente vencido.
Vitória, agosto de 2005.
A PROFISSIONALIZAÇÃO DO CRIME
04/05/2003
Crime organizado funciona como holding, diz
estudioso.
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília |
CRIME SEM FRONTEIRAS
Crime
organizado
Vicente Cernicchiaro
RESUMO
O autor afirma que o crime não pode
ser interpretado pela lei apenas formalmente, mas deve ser levada em
consideração sua repercussão social. O tecnicismo jurídico deve dar lugar à
análise do caso concreto. Entre as espécies atuais de delito, o autor destaca
a criminalidade de massa e a criminalidade organizada.
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