Epitáfio
Pessoa
EPITÁFIO NO HOUAISS ELETRÔNICO
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EPITÁFIO
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Substantivo masculino
1. inscrição sobre lápides
tumulares ou monumentos funerários
2. Derivação: por metonímia.
A lápide contendo essa
inscrição
3. enaltecimento, elogio breve a
um morto
4. Rubrica: literatura.
Tipo de poesia, nem sempre de
inscrição lapidar, que encerra um lamento pela morte de outrem, ou com notada
intenção satírica, que trata de um vivo como se estivesse morto
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A TOTALIDADE DAS MORTES
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DAS
PESSOAS
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DOS
AMBIENTES
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Indivíduos
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Cidades-municípios
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Famílias
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Estados
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Grupos
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Nações
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Empresas
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Mundos
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E não era de “falar
qualquer coisa”, era certeiro, pesquisava, ia fundo, buscava os motivos, a
linha de vida, o caminho na Terra. Não chegava de qualquer maneira e ia
“dizendo o verbo” atabalhoadamente. Sentia-se coerência nele, preocupação,
intensidade, envolvimento, compaixão. Não era mercenário da voz, como existem
tantos por aí, de pastores a artistas.
Mormente intensidade.
Ele sentia mesmo
empatia pela pessoa ou ambiente. É claro que uma cidade morrer era raro, mas
empresas morriam aos montes, porque os hospitais do governo não eram muito
preocupados com as altas taxas de mortalidade empresarial, daí muitas morrerem
no primeiro ano e tantas mais até os cinco anos de idade.
Quando morria um grupo,
quando as famílias que o compunham originalmente deixavam de se visitar, se
distanciavam e o grupo falecia de ausências, ele pronunciava o epitáfio.
TUMBATIDA DOS TITÃS, INIMIGOS DOS OLIMPIRADOS
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Epitáfio
Devia ter amado mais
Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são Cada um sabe a alegria E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é A cada um cabe alegrias E a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar...(2x)
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr... |
Quando
havia divórcio, lá estava ele. Às vezes por pura amizade, quando um amigo se
separava, ele vinha com aquela coisa profunda, densa em emoções, e a alma da
gente sangrava de dor purgativa. Sentíamos escorrer da alma o pus da agonia,
sofríamos, mas depois ficávamos bem. Era como um médico de nossos sentimentos,
um psicólogo amador muito competente, sensível, solidário com nossas amarguras.
Dois anos que ele
morreu, nem posso dizer a falta que ele faz para todos nós.
Serra, terça-feira,
20 de novembro de 2012.
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