Com a Pulga Atrás da
Orelha
Tô com a pulga atrás da orelha.
Ela é minha co-piloto, me dá excelentes
conselhos, me orienta nesta vida, usa um GPS de ótima qualidade.
Antigamente eu falava com os meus botões, mas
eles foram embora, agora nas camisas de malha não há mais e não uso camisas
sociais ou muito raramente, mais para trás ainda havia as braguilhas com
botões, agora não há mais, os zíperes
são muito fechados, além de medrosos, é fácil correr com eles.
LUGARES COMUNS,
CHAVÕES QUE ABREM COMPREENSÕES (quem falou primeiro e quem repetiu a ponto
de ser comum falar assim?)
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Divisão dos
poderes.
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Amarelo Ronaldinho.
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O Brasil levando chapéu em campo.
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A distribuição dos prêmios.
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Essa pulga me diz aonde ir e o que fazer, não
me envergonho de dizer, é assim mesmo. Não tinha o Grilo Falante que era a
consciência do Disney? Eles vivem muito, porque a Disney ainda tem consciência,
aparentemente não mergulhou na sandice de Hollywood, na indecência dos artistas
e diretores.
Quando vou para casa vou com a pulga atrás da
orelha.
No serviço também estou sempre com a pulga
atrás da orelha, lá há muita trairagem, muita sacanagem, muita deduragem, muita
bandalheira, só ficando com a pulga atrás da orelha para sobreviver. Se vou a
repartição pública, não deixo de levar minha pulga, ela que me guia: confia
nesse, não confia naquele.
DESCONFIANÇA
E PARANÓIA TEM VALOR DE SOBREVIVÊNCIA
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Tem uns amigos me pedindo pra passar minha
“sabedoria” pra eles, eu digo que é a pulga atrás da orelha, eles acham que é
chavão. Só tenho medo de ela adoecer e acontecer o pior. Sem a desconfiança
dela o que vai ser de mim? Eu confio muito nas pessoas, na realidade confio
totalmente. Acho que o PT ainda pode dar certo (se der errado, mais pra frente
vai dar certo em dobro) e a Dilmandona pode consertar o Brasil.
Serra, terça-feira, 13 de novembro de 2012.
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