Bandeira e Água do
Nilo
A Bandeira Elementar do modelo:
· Ar do Nilo (pode não
parecer, mas cada elemento condiciona o ar à sua volta; como o rio é muito
extenso e bastante largo no conjunto o condicionamento é seguramente muito
especial);
· Água do Nilo (ela tem
colorações especiais, misturas com o ar e as areias dos desertos circundantes,
passagem por fontes de calor, relevos gravitacionais, encontros com a
biologia-p.2 e assim por diante);
· Terra/solo
(independente da manifestação do rio a T/S de perto e de longe não fica parada,
ela está sempre se modificando, mesmo que seja pouco);
· Fogo/energia (da
Terra e do Sol, da Galáxia e de tudo mais, é uma complexa rede);
· No centro, da Vida
(que ruge e que berra, que interfere pouco ou muito);
· No centro do centro,
da racionalidade (os 200 mil anos dos neandertais e os 80 a 70 mil dos
cro-magnons provocaram revoluções nunca vistas no rio).
É certo que a extensão do Nilo, sua
regularidade, sua largura, seu volume de água e muitos outros atributos
conformaram o ajuntamento de gente depois chamado Egito; como é uma das maiores
estradas naturais da Terra e sem grandes florestas em volta ali só poderia
nascer civilização, em razão adicional de haver cereal civilizador (é muito
diferente no rio Amazonas, porque neste há a floresta sufocante em volta; pode
parecer que o deserto é mais hostil, mas não é, ele é um quintal para quem sabe
andar nele, como os beduínos).
Contudo, o Egito é realmente dádiva da água,
assim como tudo mais na Terra e em qualquer parte; a água não é como o ar, que
circula para cima; não é como a terra, que não circula; não é ofensiva como a
energia – a água é muito equilibrada e obedece sistematicamente à gravidade, de
uma forma muito especial, conformando-se a margens e correndo para o mar, voltando
depois com as chuvas.
Não é apenas o rio, é o fato de ele estar no
deserto, de estar conformado, confinado pelas areias. Tudo isso nesse
conflito-cooperação precisa ser mais bem estudado. O fato de ser tão longo
permitiu que houvesse enorme variedade cultural que pela média sustentava
qualquer variação de humor dos elementos: quando um desastre se apresentava num
lugar a nação dali podia ser socorrida pelos silos ou armazéns, o que levava a
necessidade de escrituração e de escribas, de uma escrita corrente, de
contabilidade, de tudo mais. Entrementes, tudo isso vem da água, de ela ter
encontrado um caminho longo, longuíssimo que fez nascer um país dos mais
importantes e significativos.
O Egito, o Nilo, a água, a bandeira elementar
de lá precisam ser estudados com afinco como condicionantes psicológicos, como
construtores, como condicionadores particulares que inventaram um povo muito
especial, com toda aquela riqueza não mapeada. É evidente que dizer que cada
povo é particular não passa de tautologia, mas neste caso trata-se de um dos
maiores, que por três mil anos criou um império único (não ultrapassado nem
pela China).
Vitória, domingo, 13 de maio de 2007.
EGITO, DÁDIVA DA ÁGUA
![]() |
![]() |


Nenhum comentário:
Postar um comentário