quarta-feira, 8 de agosto de 2018


Bandeira e Água do Nilo

 

A Bandeira Elementar do modelo:

·       Ar do Nilo (pode não parecer, mas cada elemento condiciona o ar à sua volta; como o rio é muito extenso e bastante largo no conjunto o condicionamento é seguramente muito especial);

·       Água do Nilo (ela tem colorações especiais, misturas com o ar e as areias dos desertos circundantes, passagem por fontes de calor, relevos gravitacionais, encontros com a biologia-p.2 e assim por diante);

·       Terra/solo (independente da manifestação do rio a T/S de perto e de longe não fica parada, ela está sempre se modificando, mesmo que seja pouco);

·       Fogo/energia (da Terra e do Sol, da Galáxia e de tudo mais, é uma complexa rede);

·       No centro, da Vida (que ruge e que berra, que interfere pouco ou muito);

·       No centro do centro, da racionalidade (os 200 mil anos dos neandertais e os 80 a 70 mil dos cro-magnons provocaram revoluções nunca vistas no rio).

É certo que a extensão do Nilo, sua regularidade, sua largura, seu volume de água e muitos outros atributos conformaram o ajuntamento de gente depois chamado Egito; como é uma das maiores estradas naturais da Terra e sem grandes florestas em volta ali só poderia nascer civilização, em razão adicional de haver cereal civilizador (é muito diferente no rio Amazonas, porque neste há a floresta sufocante em volta; pode parecer que o deserto é mais hostil, mas não é, ele é um quintal para quem sabe andar nele, como os beduínos).

Contudo, o Egito é realmente dádiva da água, assim como tudo mais na Terra e em qualquer parte; a água não é como o ar, que circula para cima; não é como a terra, que não circula; não é ofensiva como a energia – a água é muito equilibrada e obedece sistematicamente à gravidade, de uma forma muito especial, conformando-se a margens e correndo para o mar, voltando depois com as chuvas.

Não é apenas o rio, é o fato de ele estar no deserto, de estar conformado, confinado pelas areias. Tudo isso nesse conflito-cooperação precisa ser mais bem estudado. O fato de ser tão longo permitiu que houvesse enorme variedade cultural que pela média sustentava qualquer variação de humor dos elementos: quando um desastre se apresentava num lugar a nação dali podia ser socorrida pelos silos ou armazéns, o que levava a necessidade de escrituração e de escribas, de uma escrita corrente, de contabilidade, de tudo mais. Entrementes, tudo isso vem da água, de ela ter encontrado um caminho longo, longuíssimo que fez nascer um país dos mais importantes e significativos.

O Egito, o Nilo, a água, a bandeira elementar de lá precisam ser estudados com afinco como condicionantes psicológicos, como construtores, como condicionadores particulares que inventaram um povo muito especial, com toda aquela riqueza não mapeada. É evidente que dizer que cada povo é particular não passa de tautologia, mas neste caso trata-se de um dos maiores, que por três mil anos criou um império único (não ultrapassado nem pela China).

Vitória, domingo, 13 de maio de 2007.

 

EGITO, DÁDIVA DA ÁGUA

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