sexta-feira, 31 de agosto de 2018


Recepção Ultra-Receptiva Escancarada

 

Sempre trabalhei em postos fiscais, onde é ligeiramente diferente o trato, pois os motoristas são por natureza muito agressivos. Nas agências fiquei pouco, desde quando o odioso chefe JAR me colocou propositalmente lá para impedir o curso de matemática. Posso ver cada um em aquário (envidraçado) ou gaiola (totalmente vedado), a clientela posta como pedinte, no máximo solicitante. Já falei que na antiga AFES Associação do Fisco Espírito-santense, depois Sindifiscal tirei todas as paredes, deixando o ambiente devassado, exceto por uma sala para o presidente (eu era tesoureiro), que as pessoas desejavam encontrar separadamente. O atual governador de Brasília/DF José Roberto Arruda fez mais, desfez até sua separação, o que é ótimo.

RECEPÇÃO ESCANCARADA


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


A idéia central é ao invés de uma porta pequena de admissão colocar uma grande, se possível tão larga quanto duas frentes (se não, entrando pela frente e tendo uma lateral tomada, como na figura), formando um arco-de-recepção, um arco duplo de um quarto de circunferência com todos os atendentes servindo a todos os solicitantes, havendo ou não fila definidora (de preferência sim, pois parece que reduz o tempo de atendimento a ). O desenho não saiu tão bom, porque a área de recepção e atendimento deveria aparecer maior e as de depósito e outras, menores. A área triangular é a de chefia. Os retângulos estão artificialmente grandes para caberem as palavras.

O “ultra-receptivo” fica por conta da disposição treinada dos agentes, dos atendentes, que deveriam fazer todos e cada um de tudo, de modo que qualquer um que chegasse SEMPRE encontrasse alguém pronto para despachar. Tal modelo tanto serve às repartições públicas quanto aos escritórios privados.

Dependemos de os arquiengenheiros se debruçarem sobre esse problema e sua busca de solução, porque existem centenas de milhares e até milhões de repartições-escritórios através do mundo, todos moldados na defensiva e, conseqüentemente, apenas com uma porta pequena de admissão, pois os visitantes sempre eram vistos como atacantes, como potenciais agressores.

Agora tudo pode mudar, pode ser abrir real e metaforicamente, admitindo as pessoas de forma totalmente aberta, presumindo idoneidade e amizade, o que as abrandará, claro. E o quadrado ou frente toda de recepção pode ter tons verdes e azuis mais amistosos, como dispuserem os pesquisadores de psicologia das cores.

Vitória, quinta-feira, 26 de julho de 2007.

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