Supostos
Efeitos do Tempo
Uma definição ruim atrapalha muita gente,
como o elefante da cantiga; duas, muito mais. No caso presente é o tempo, que
venho trabalhando há décadas: o tempo não é uma flecha, é uma batida homogênea
no coração de cada campartícula cê-bóla ©, no âmago de tudo. Bate, bate, bate –
não passa, porisso não há “efeitos do tempo” ou “efeitos da passagem do tempo”
pois o tempo não é uma coisa nem uma causa, é meramente o pulsar. A definição
não causa nenhum efeito, o que faz isso é a materenergia, meramente a matéria e
a energia embatendo, como quando um carro choca com outro ou quando um
relâmpago parte uma árvore.
Matéria e energia em movimento, só isso,
quantidade de energia, momento, ação, construção e destruição.
A cadeira almofadada que comprei pela
Internet não está se desfazendo na cobertura de plástico imitadora de couro
PORQUE o tempo passa e sim porque a empresa fabricante fez porcaria com
materiais de segunda ou terceira que, após alguns anos, se dissolve ao toque: é
preciso que haja interação com ela para pedacinhos soltarem e caírem no chão,
não se trata de mera passagem do tempo. Se fosse assim, o mesmo aconteceria com
os diamantes, pois o tempo “passa” também para as pedras preciosas e os metais
preciosos. Como são muito mais duros, são mais resistentes a choques, como o
diorito com que os egípcios e outros povos faziam estátuas para “resistir ao
tempo”, quer dizer, às intempéries dos embates milenares.
Uma definição ruim dá nisso, a mente descamba
para juízos incorretos e imperfeitos, daí derivando mais erros e por aí a fora.
O tempo é visto como acontecimentos no
espaço: se passarem séculos, uma casa deixada sozinha vai derruindo, mas não
pela “passagem do tempo” e sim porque a chuva, o sol, o choque de partículas,
os raios, os trovões, as enchentes vão afetando-a até ela se desfazer em pó.
As visões certas facilitam tudo.
Vitória, terça-feira, 7 de agosto de 2018.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário