Círculos de
Crescimento
Depois de todas essas décadas finalmente me
dei conta de que os intelectuais (que detestava, detesto e espero continuar
detestando) quando iam às favelas promover discussões, inclusive os da Teologia
da Libertação, iam propor o sacrifício dos pobres e miseráveis em nome da
“libertação”, quer dizer, da liderança dos intelectuais ou cerebrais, dos
outros, daqueles iluminadíssimos que vindo de fora teriam todas as respostas
para os estúpidos rendidos nativos.
Nunca ouvi falar (fora Paulo Freire) de
alguém que fosse lá dar autonomia, auto-nomia, auto-regras, auto-leis; sempre
iam ensinar pela boca de Marx, de Engels, de Lênin, de Trotsky, até de Stalin e
Mao, de Marti, de Che ou de quem fosse, sempre estrangeiros. Nunca tive
notícias de quem ensinasse a pensar por conta própria, a avaliar o passado em
conjunto com o presente em busca de saída para o futuro EM TERMOS BRASILEIROS,
em termos latinamericanos, em termos locais, digamos, capixabas, de dentro para
fora, a partir das perguntas e não das respostas, do aprendizado e não do
ensino. Não é a toa que o povo se ausentou, não se apresentou para o
ensinamento muito nobre dos falsos.
CRESCIMENTO DOS
CÍRCULOS
(cones-espirais para as pessoas irem descendo até o centro compreensivo à
medida que forem aprendendo mais e mais, para sair depois e propagar o
movimento)
CONE (de baixo para
cima e vice-versa, aprendizado e ascensão)
|
ESPIRAL (podendo
subir e descer num ritmo circular, passo a passo)
|
|
|
ENSINANDO O QUE É
PESSOAMBIENTE
(e estimulando todos e cada um a pensar)
· LECIONANDO SOBRE AS PESSOAS:
1. o que é o indivíduo
(quais seus direitos e deveres)?
2. qual é o lugar da
família (quais são seus confortos explícitos e implícitos)?
3. qual é o espaço de
cada um no grupo?
4. como devem se
comportar as empresas?
· INSTRUINDO SOBRE OS AMBIENTES:
5. que instrumentações
as cidades-municípios devem ter?
6. quais os desenhos
ótimos dos estados?
7. como são tratados
pelas nações os de lá?
8. que planeta desejamos
para nós e nossos filhos e netos?
Só vão lá pedir sacrifícios, morrer pela
revolução, essas coisas.
Ninguém vai ensinar a ver o mundo e a tirar
dele segundo sua consciência, ninguém oferece verdadeira liberdade de pensar
por conta própria.
Vitória, terça-feira, 24 de julho de 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário