O Avanço da
Democracia Energética
Já falamos sobre Democracia Energética no Livro 184.
Observe que há os chamados “linhões”, grandes
linhas energéticas percorrendo centenas, por vezes milhares de quilômetros,
significando que você ou qualquer um está distante centenas ou milhares de
quilômetros da fonte real.
Por exemplo, como disse em antes de 1991 numa
das extintas secretarias do GEES (onde estava Paulo Augusto Vivácqua como
secretário), o ES é final de linha, linhas que vem de muito longe. E cada um de
nós também, pois tudo foi extraordinariamente agigantado, com linhas de vários
milhares de kW, até centenas de milhares. Não temos mais nenhum controle de
nossas vidas, em particular controle energético. Em que ponto isso aconteceu,
em que ponto houve inflexão histórica 50/50, quer dizer, passou a mais de 50 %
de dependência? Antes a energia era gerada localmente como biomassa (lenha,
álcool) ou em pequenas hidrelétricas ou termelétricas e depois tudo saiu de
nossas mãos. Escalas pequenas demais são ruins, mas grandes demais também e não
apenas em razão das perdas de 20 % em esquentamento dos fios. É que não temos
mais acesso a nada: todas as decisões sobre nosso futuro energético se dão
longe de nós em termos de gás, de petróleo, de hidroeletricidade, agora com também
as grandes torres eólicas, biodiesel, álcool e assim por diante.
Nos anéis-hexágonos procurei contemplar a
independência energética, a democracia energética, falando de geração local.
De onde vem a energia geral de Vitória? Se
alguém fez essa avaliação não a revelou a nós outros, os dependentes. Ninguém
fez a comparação dependência/independência. Dependência, atrelamento,
amarração, tudo isso soa mal, fala de outros tomarem as decisões por nós. E não
somos só você e eu, somos todos, porque os que tomam as decisões de uma usina não
tomam das outras e são tão dependentes quanto nós; em algum momento as
convergências levaram a essa megavinculação.
Seria preciso fazer avançar a DE, a
democracia energética.
Como? Uma vez feita a pergunta ela dispara os
pensamentos e a aplicada devoção à resolução do problema. Leva muitos a se
voltarem para a análise da questão e síntese da solução. O equilíbrio é bom,
quando não exagerado: nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Vitória, quarta-feira, 25 de julho de 2007.
LINHÕES E TORRES DE
ELETRICIDADE
(tudo “megaconstrução”, o que é admirável por um lado e assustador por outro,
em termos de dependência) – todo esse gigantismo é sinal de que você e eu
estamos longe do controle de nossas vidas.
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04 de dezembro de 1998, a ANEEL publicou a
Resolução n° 396/1998 a fim de
estabelecer as condições de implantação, operação e manutenção de estações
fluviométricas e pluviométricas associadas aos empreendimentos hidrelétricos.
Através da publicação desta Resolução, a ANEEL busca obter dados consistentes
sobre os regimes de operação dos reservatórios, de forma a subsidiar a
Agência nas tomadas de decisão no que se refere às atividades de
fiscalização, regulação e mediação, previstas na sua Lei de criação.
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Lista de usinas
hidrelétricas do Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Observação : Toda usina com
geração de 1 até 30 MW é também comumente designada PCH - Pequena Central
Hidrelétrica - Resolução ANEEL nº 652.
Usinas em ordem de potência instalada
Usina Hidrelétrica de Limoeiro - Rio Pardo,
32 MW
Usina Hidrelétrica de Piau - Rios Pinho e Piau, 18 MW
Usina Hidrelétrica de Gafanhoto - Rio Pará,
13 MW
Usina Hidrelétrica de Peti - Rio Santa Bárbara, 9 MW
Usina Hidrelétrica de Rio das Pedras - Rio das
Velhas, 9 MW
Usina Hidrelétrica de Poço Fundo - Rio Machado, 9 MW
Usina Hidrelétrica de Joasal - Rio
Paraibuna, 8 MW
Usina Hidrelétrica de Tronqueiras - Rio Tronqueiras, 8 MW
Usina Hidrelétrica de Martins - Rio
Uberabinha, 8 MW
Usina Hidrelétrica de Moji-Guaçu - Rio
Moji-Guaçu, 7 MW
Usina Hidrelétrica de Cajuru - Rio Pará,
7 MW
Usina Hidrelétrica de São Bernardo - Rio São Bernardo, 7 MW
Usina Hidrelétrica de Paraúna - Rio Paraúna, 4 MW
Usina Hidrelétrica de Pandeiros - Rio Pandeiros, 4 MW
Usina Hidrelétrica de Paciência - Rio
Paraibuna, 4 MW
Usina Hidrelétrica de Dona Rita - Rio Tanque, 2 MW
Usina Hidrelétrica de Salto de Morais - Rio Tijuco, 2 MW
Usina Hidrelétrica de Sumidouro - Rio
Sacramento, 2 MW
Usina Hidrelétrica de Anil - Rio Jacaré,
2 MW
Usina Hidrelétrica de Machado Mineiro - Rio Pardo,
2 MW
Usina Hidrelétrica de Xicão - Rio Santa
Cruz, 2 MW
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Usinas Termelétricas
O que são fontes de energia?
Entende-se por
energia a capacidade de realizar trabalho. Fontes de energia, dessa forma,
são determinados elementos que podem produzir ou multiplicar o trabalho: os
músculos, o sol, o fogo, o vento etc.
Através do uso racional do trabalho, especialmente na atividade industrial, o homem não apenas sobrevive na superfície terrestre – encontrando alimentos, abrigando-se das chuvas ou do frio etc –, mas também domina e transforma a natureza: destrói florestas, muda o curso dos rios, desenvolve novas variedades de plantas, conquista terras ao mar, reduz distâncias (com modernos meios de transporte e comunicação), modifica os climas (com a poluição, as chuvas artificiais etc), domestica certos animais e extermina outros. As primeiras formas de energia que o homem utilizou forma o esforço muscular (humano e de animais domesticados), a energia eólica (do vento) e a energia hidráulica, obtida pelo aproveitamento da correnteza dos rios. Com a Revolução Industrial, na Segunda metade do século XVIII e no século XIX, surgem as modernas máquinas, inicialmente movidas a vapor e que hoje funcionam principalmente a energia elétrica. A eletricidade pode ser obtida de várias maneiras: através da queima do carvão e do petróleo (usinas termelétricas), da força das águas (usinas hidrelétricas), da fissão do átomo (usinas nucleares) e de outros processos menos utilizados. As chamadas modernas fontes de energia, ou seja, as mais importantes, são: o petróleo, o carvão, a água e o átomo. As fontes alternativas, que estão conhecendo um grande desenvolvimento e devem tornar-se mais importantes no futuro, são o sol (energia solar), a biomassa e os biodigestores, o calor proveniente do centro da Terra energia geotérmica, as marés, o xisto betuminoso e outras. É importante ressaltar que as fontes de energia estão ligadas ao tipo de economia: quanto mais industrializada ela for, maior será o uso de energia. O carvão mineral foi a grande fonte de energia da Primeira Revolução Industrial, e o petróleo foi a principal fonte de energia do século XX e continua a desempenhar esse papel, apesar de um recente e progressivo declínio. Tanto o petróleo como o carvão mineral são recursos não renováveis, isto é, que um dia se esgotarão completamente; eles também são muito poluidores, na medida em que seu uso implica muita poluição do ar. Por esses dois motivos eles estão em declínio atualmente, em especial o petróleo, que foi básico para a era das indústrias automobilísticas e petroquímicas. Vivemos na realidade numa época de transição, de passagem do domínio do petróleo para a supremacia de outras fontes de menos poluidoras e renováveis, ou seja, que não apresentam o problema de esgotamento. Este pensamento está pelo menos na cabeça dos ambientalistas de todo o planeta, mas a realidade ainda é um mundo dominado pelos combustíveis fósseis. A série “Que energia é essa?” irá trazer as principais fontes de energia usadas em nosso planeta; como surgiram, onde são usadas, qual a dependência humana dessas fontes e muito mais. Neste capítulo conheceremos a fonte de energia chamada “Usinas Termelétricas”.
Termeletricidade
É o conjunto
de todos os fenômenos originados através de variações de temperatura. Assim,
na junção de dois metais diferentes, a temperaturas desiguais e na manutenção
desta diferença de temperaturas, surge uma força eletromotriz responsável
pela passagem de corrente elétrica através do circuito formado. Este circuito
é muito importante industrialmente, pois propicia a construção de aparelhos
para leitura de temperaturas elevadas, a tingindo até 1600ºC, de temperaturas
baixas até cerca de 1ºC e de pequenas diferenças de temperatura. O último é o
caso do par telelétrico constituído por dois metais soldados em uma
extremidade e mantidos a temperaturas diferentes. A força eletromotriz do
gerador assim formado depende das temperaturas das barras de metal e
denomina-se “f.c.m. termelétrica”. Para ser utilizado como medidor de
temperaturas, basta manter os terminais do par termelétrico a uma dada
temperatura e medir a f.c.m. desse bipolo. Sabendo-se dos materiais que forma
o par e a diferença de potencial ou f.c.m., determina-se a temperatura,
recorrendo-se a tabelas.
A crise energética chega e com
elas as termelétricas (artigo)
Conheça as
características resumidas de um empreendimento como uma usina termelétrica:
Dados constantes no anexo ao ofício Consema 288/2001, de 26/11/2001,
subscrito por Germano Seara Filho, Secretário Executivo do Conselho Estadual
do Meio Ambiente (Consema).
Trata-se de uma Usina Termelétrica - UTE, com capacidade de 1000 MW, preconizada para ser instalada no município de Sorocaba. A tabela abaixo apresenta, de forma resumida, as características do empreendimento:
Termelétrica pode usar óleo
poluente (artigo)
IMPACTO
AMBIENTAL DEVE SER APROVADO...
Qualquer atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente somente pode ser executada após a elaboração do Rima (Relatório de Impacto Ambiental) que julgue o projeto ecologicamente viável. O Rima – que também pode concluir pela inviabilidade da obra – deve ser exibido em audiências públicas nas comunidades afetadas por sua futura existência. Essa exigência faz parte da Constituição brasileira e deverá ser cumprida no caso das termelétricas de Paulínia e São José dos Campos, que vão representar um risco ao ambiente. Além de realizar o estudo, a Cesp deverá obter licenciamento das usinas junto à Cetesb. O Rima é elaborado por técnicos mas deve ser concebido de tal forma a ser compreendido por quem o queira ler. Esse relatório tem que incluir:
Aumenta pressão contra
termelétrica (artigo)
Cresce, nas
cidades vizinhas de Paulínia, Estado de São Paulo, o movimento contra o
projeto de uma termelétrica, a primeira usina paulista de grande porte a
produzir eletricidade por meio da queima de derivados de petróleo. Ela terá
700 megawatts de potência em dois módulos de 350. Projetada pela Companhia
Energética do Estado de São Paulo (Cesp), com financiamento, para a primeira
fase, já aprovado pelo Japão, no valor de US$ 585 milhões, a usina deve começar
a ser construída, se a polêmica em torno da provável emissão de poluentes e
do consumo excessivo de águas não atrasar o cronograma.
De acordo com pesquisadores ligados às universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp), a emissão da termelétrica pode somar de 100 a 300 toneladas por dia de dióxido de enxofre às cem toneladas por dia já emitidas na região por indústrias químicas. O dióxido de enxofre é o principal causador da chuva ácida – ou chuva mortífera – em zonas industrializadas. A quantidade a ser emitida varia conforme a qualidade de óleo queimado e o tipo de filtro dessulfurizador instalado. As dúvidas quanto ao impacto ambiental da usina levaram o coordenador das curadorias do meio ambiente do Estado, Edis Milaré, a instaurar inquérito civil. Por intermédio do inquérito, Milaré solicitou informações à Cesp e à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo para a avaliar se o projeto deve ser interditado ou não. Já o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), na fase final de elaboração, deverá ser apreciado pelo Ministério Público, além de passar pela Assembléia Legislativa. O diretor de engenharia da Cesp, Romildo Favalli, diz que a usina não vai poluir, pois suas emissões estarão abaixo dos padrões exigidos por lei. Ele não soube precisar, no entanto, quais seriam os totais emitidos pela termelétrica e limitou-se a fornecer as concentrações de gás ao atingir o solo: “as simulações apontam uma concentração de 50mg/m³ de dióxido de enxofre, na pior das hipóteses climáticas, num dia totalmente sem vento e de inversão térmica”, assegurou. O limite estabelecido por lei, segundo ele, é de 350 mg/m³. A usina vai aproveitar o resíduo do refino de petróleo ou os chamados óleos ultraviscosos da petroquímica de Paulínia. Esses óleos são queimados numa caldeira para produzir vapor a alta pressão e, a partir desse vapor, eletricidade. A idéia da Cesp é complementar a produção de energia das hidrelétricas paulistas, principalmente no inverno, quando a demanda é maior e as hidrelétricas têm menos potência, porque o nível dos rios está mais baixo. Há, porém, um problema: justamente no inverno existe uma tendência maior de ocorrer inversões térmicas, que retêm todo tipo de poluentes na baixa atmosfera. Além dos gases que a termelétrica emitiria, já há poluentes da própria refinaria de Paulínia e de grandes indústrias da área, como a Rhodia. Além disso, é no inverno também que se faz a queima dos canaviais da região, prática que lança no ar outros tipos de gases, como os óxidos de nitrogênio. Normalmente inofensivos ao homem, esses óxidos combinam-se com o enxofre na atmosfera e aumentam a acidificação da água, do solo e da vegetação. Os ácidos assim formados são muito móveis e atingem com facilidade o lençol freático, de onde sai a água para consumo da população. “A emissão do dióxido de enxofre pode ser reduzida em cerca de 80%, caso se instalem filtros especiais, conhecidos como lavadores de gases”, afirma Osvaldo Sevá, pesquisador da Unicamp. “O problema é que eles são terrivelmente caros e só são instalados na Europa e nos Estados Unidos porque são obrigatórios por lei”, completa. Entretanto, de acordo com Sevá, há outras opções. “Se a usina não fosse construída e o investimento fosse feito na conservação de energia e em pequenas e médias hidrelétricas, poderíamos obter a mesma quantidade de energia, ou até mais, sem poluição.” A instalação de filtros especiais, na opinião de alguns especialistas, é um desperdício. “O custo do lavador de gases quase que inviabiliza economicamente esse tipo de usina”, observa o físico e doutor em engenharia ambiental Mário Epstein, do Centro de Controle de Poluição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para ele, a Cesp deveria trocar a instalação de filtros pelo monitoramento constante das condições meteorológicas, como vem sendo planejado numa termelétrica semelhante em Santa Catarina. Em seus estudos de viabilidade, a Cesp alega que a poluição por dióxido de enxofre será diminuída com a instalação de uma chaminé com 120 metros de altura. Conforme Luiz Eduardo Mantovani, do Instituto de Biociências da USP, essas chaminés resolvem o problema local, mas não fazem desaparecer os poluentes. No caso, de acordo com os ventos predominantes na área, os gases seriam jogados de 30 a 200 quilômetros adiante, na direção de Limeira, Barra Bonita ou Rio Claro.
Chuva ácida: Canadá teve 14 mil
rios e lagos mortos (artigo)
O Canadá é uma
das maiores vítimas da chuva ácida causada pela combinação de dióxido de
enxofre, nitrogênio e água. Essa mistura mata os peixes, destrói as
florestas, agrava as doenças respiratórias e corrói a fachada dos edifícios,
causando prejuízos de bilhões de dólares anuais. Nesse país, cerca de 14 mil
podem morrer se não forem tomadas medidas, segundo alerta feito por
cientistas canadenses.
A chuva ácida, metade da qual é proveniente dos Estados Unidos, é o mais grave problema ecológico do país, de acordo com pesquisas de opinião. “Há anos tomamos consciência de que a chuva ácida é um problema sério para o meio ambiente e de que a geografia do leste do Canadá é particularmente suscetível à a acidificação, por causa de grande quantidade de lagos e rios e do tipo de solo e vegetação”, a firmou Eleanor Kulim, representante do governo na campanha contra a chuva ácida. Autoridades canadenses determinam que as indústrias mais poluentes devem reduzir pela metade a emissão de dióxido de enxofre, pois dos aproximadamente dois milhões de lagos em Quebec e Ontário 43% são passíveis de acidificação e 10% dos rios onde se pesca salmão em Nova Scotia estão condenados. Além de atingir as águas, a chuva ácida contribui para a destruição de monumentos importantes do país e também de sua árvore-símbolo, a mapletree (bordo), cuja seiva utilizada na fabricação de xaropes e em sobremesas típicas canadenses. Um dos edifícios afetados pela chuva ácida é o Parlamento construído com um tipo de perda calcária, a limestone, muito vulnerável a acidificação. A acidez dessas chuvas faz as pedras deteriorarem e o Parlamento pode, dentro de alguns anos, ser “dissolvido”.
Dióxido de enxofre: Europa faz
controle severo de termelétricas (artigo)
Enquanto o
Brasil ensaia construir as primeiras termelétricas a óleo – uma em São Paulo,
três em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul -, os países desenvolvidos
querem escapar delas de qualquer maneira. Nos últimos anos, apenas a Espanha
conseguiu convencer a Comunidade Econômica Européia (CEE) da absoluta
necessidade de nova usina, que terá 500 megawatts de potência, com a
obrigatoriedade de manter a emissão de dióxido de enxofre num limite
baixíssimo e severamente vigiado.
No resto da Europa, aumentou as pesquisas em busca de fontes de energia alternativas e, enquanto elas não vêm, sobre novas tecnologias de filtragem de enxofre. Nesse continente, toda termelétrica com potência superior a 50 megawatts é obrigada a controlar as emissões e a apresentar planos de redução dos poluentes. Não é para menos: lá são jogadas 30 milhões de toneladas de dióxido de enxofre por ano na atmosfera, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente da Suécia. Em todo o mundo, são de 50 a 75 milhões de toneladas por ano, 16 das quais atribuídas aos Estados Unidos. Todo esse enxofre responde por dois terços da acidificação total na atmosfera, que polui a chuva e a neve ou pode condensar-se como orvalho e geada, afetando, assim, o meio ambiente. Na Suécia, a acidificação das águas decorrente da poluição já colocou 18 mil lagos, 90 mil quilômetros de rios e 70 mil poços artesianos na lista negra. Os técnicos suecos, junto com os noruegueses, vêm pesquisando há mais de dez anos o problema e chegaram à conclusão de que as chuvas ácidas na Escandinávia estavam diretamente ligada às medidas tomadas pela Grã-Bretanha para reduzir a poluição das fábricas por meio da instalação de chaminés mais altas, que deixam bom o ar do país, mas jogam os poluentes nos países vizinhos.
Projetos de termelétricas serão
selecionados (artigo)
Falta de licença ambiental
atrasa entrega de usinas termelétricas (artigo)
Das 49 termelétricas previstas inicialmente no programa prioritário do governo, somente seis devem finalmente sair do papel, gerando 1.061 megawatts de energia – quase o dobro do consumo do Distrito Federal. Três usinas que também deveriam ficar prontas, sofreram atrasos, sobretudo por causa da demora nas licenças ambientais. Esse é o balanço do programa de geração térmica a gás do governo, poucos dias antes do presidente Fernando Henrique Cardoso, anunciar, em pronunciamento, a revisão do programa e as termelétricas que estão viabilizadas – ou seja, que têm licenças ambientais (mesmo que provisórias), terrenos prontos, turbinas contratadas ou até mesmo, em alguns casos, obras de construção iniciada. FHC deve anunciar 17 termelétricas no estágio de “viabilizadas”, cujo o término é considerado garantido. Dessas, 13 usinas deverão começar a operar até 2001, com 2.171 megawatts (quase um terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro). Por causa de atrasos na concessão das licenças ambientais – obrigatórias para o início das obras -, térmicas que poderiam agregar megawatts ao sistema atrasaram. O caso mais grave foi a Cubatão, na Baixada Santista (SP). Uma liminar contrária à licença empurrou sua inauguração para meados do próximo ano. Outro exemplo é a térmica de Canoas, no Rio Grande do Sul. Nesse caso, o atraso chegou a três meses e a usina deve começar a produzir 150 MW só e março, em fase inicial.
Porque especialistas dizem que
o Brasil precisará de termelétricas (artigo)
A OCDE
(Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne os 29
países mais industrializado do mundo, afirmou que o país vai precisar do
equivalente a “uma usina de Itaipu a cada três anos”, para fazer frente `a
crescente demanda de energia elétrica. Caso contrário o crescimento potencial
de 3,5% a 4,5% por ano, para o médio prazo, estará comprometido. “Há um ano
identificamos o problema do mercado de energia. É um desafio produzir energia
em quantidade para alimentar o processo de crescimento”, disse a OCDE.
As perspectivas de crescimento de médio prazo anual para o Brasil são as mesmas de institutos de pesquisa como o Ipea: de 3,5% a 4,5%. A OCDE calcula que a demanda cresça em torno de 4.500 MW por ano. Para isso, os investimentos podem ficar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões por ano. A OCDE não acredita que o governo brasileiro deveria arrumar uma nova fórmula para que os investimentos em energia não entrem como gasto no orçamento da União, para efeito da contabilização das metas fiscais do acordo com o FMI. A OCDE prega a necessidade urgente de desenvolver o mercado de capitais como fonte de financiamento para o setor produtivo, alertando que não se pode perder tempo, ou as melhores empresas brasileiras de capital aberto estarão todas no mercado global. Apesar das críticas, a OCDE afirma que o Brasil “cruzou o limiar para uma fase de crescimento sustentável” e que “os recentes choques são desafios, mas não motivos para ficarmos pessimistas com o país”. Pensando assim, o governo e alguns especialistas do setor acham que as usinas termelétricas serão uma boa alternativa, no que diz respeito ao aumento no abastecimento de energia elétrica a curto prazo.
A situação das termelétrica no
Brasil (artigo)
Fonte: O Estado de São Paulo* Geografia do Brasil – Dinâmica e Contrastes/Sociedade e Espaço – Geografia Geral ** Pape, Programa Auxiliar de Pesquisa Estudantil (ed. DCL)*** Revista Néz Adventure**** Folha de São Paulo***** Jornal do Brasil Conhecer Atual (ed. Nova Cultural) Série: Que energia é essa? (USINAS TERMOELÉTRICAS) |
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