Invente, Tente, Faça
uma Política Diferente
Lá no posto fiscal de Pequiá, Iúna, Espírito
Santo, o conferente de cargas apelidado Queijinho (que reapelidei “Cabeção”,
porque o epíteto completo anterior era “Cabeça de Queijo”), também vereador
começou um papo que foi dar na chance de ele se tornar maior, digamos, deputado
estadual – o que fazer? Essa pergunta de Lênin é sempre muito interessante.
Usando o mote da Rede Globo “invente, tente,
faça algo diferente” pensei depois no título: para aparecer ou mostrar (no
sentido de ser assistido) é preciso colocar algo de distinto, de diferente, de
apartado do já ocorrido antes. Disse a ele que ninguém vai olhar determinado pé
de café numa plantação inteira (como lá por perto nos morros), mas se houver
uma macieira entre os milhares de cafeeiros ela imediatamente ela será notada.
CAFEZAL (qual deles é o mais
importante e o mais significativo na multidão?)
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“Fazer algo diferente” não pode se espalhafatoso,
pois as pessoas percebem e - julgando corretamente estarem sendo passadas para
trás - se afastam. Não pode ser para “chamar a atenção”, não pode ser “amarrar
melancia na orelha” (“quer aparecer?”), tem de ter programa.
O QUE É PROGRAMA? (Realimentação entre
o proponente e as pessoambientes)
· RESPOSTAS ÀS PESSOAS:
1. Respostas aos
indivíduos;
2. Respostas às
famílias;
3. Respostas aos grupos;
4. Respostas às empresas
(cinco níveis gerais de conhecimento ou de demandoferta de
generalização-especialização: agropecuárias-extrativistas, industriais,
comerciais, de serviços e bancárias);
· RESPOSTAS AOS AMBIENTES:
5. respostas às cidades-municípios;
6. respostas aos estados;
7. respostas às nações;
8. respostas aos planetas.
Retroalimentação ou feedback constante, o que
pressupõe conhecimento prévio ou experiência ou background. Como o ES é 1/40 do
Brasil, este 1/40 do mundo, o ES é 1/1.600 do mundo: para colocar algo de
interessante ao nível brasileiro já é preciso estar além de 1.599; como o
município de origem dele é Dores do Rio Preto, bem pequeno entre os 78 do nosso
estado, ele deve se destacar mais que um linharense - já que Linhares é
relativamente grande e 1/40 do PIB estadual -, devendo aquele ultrapassar
63.999 (na base de 1/64.000 no mundo).
Ora, isso não é fácil, de modo nenhum.
Não é trivial ser rico, quando todos pensam
nisso.
E estar em destaque político no Legislativo,
em proeminência governamental no Executivo, em relevo entre os juízes do
Judiciário, em evidência entre os empresários corresponde a apresentar ou
mostrar diferença, algo de relevante cujo gênio esteja acima do daqueles
outros, para os quais a herança enquanto memória vem de milhares de anos de
cópia do passado. Com tanto peso de sucessão esmagando as trivialidades
inventar o novo não é tarefa corriqueira.
É porisso que tantos não conseguem.
Quando houver o Congresso do Planeta quantos
vão achar condição de se destacar entre bilhões de seres humanos para atingir o
posto de um em 500?
Vitória, domingo, 15 de julho de 2007.
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