sábado, 21 de julho de 2018


A Terra Minha em que Tanto Penso

 

Naturalmente sabemos muito da terra em que vivemos, por exemplo, a direção e sentido de todos os estados, as capitais e coisas assim, ao passo que mesmo de países conhecidíssimos como os EUA não saberíamos dizer onde ficam mais que alguns estados.

Isso não é patriotismo, excesso de afirmação da pátria, superafirmação nacional em detrimento das demais nações; é apenas gosto, que todos têm, sejam da esquerda ou da direita, trabalhadores ou proprietários. Não há nada de vexatório nisso, mesmo numa época em que parece impróprio afirmar a paixão pelo local de nascimento, diante dos desmandos e dos escândalos. Parece tolice gostar de uma terra que nos trata tão mal. Não é o país-nação que judia da gente, são as elites malsãs, violentamente acumuladoras em nome próprio, desarvoradas, infiéis, daninhas.

Essa abordagem do solo, da terra-mãe, não tem havido nem do ponto de vista orgânico nem do esporádico, por iniciativas desencontradas. Já aconteceram algumas abordagens da Rede Globo e de outras emissoras, mas nada profundo, nada intenso, nada encomendado à Academia, ao conjunto das instituições educacionais-artísticas brasileiras, ao Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) geral brasileiro. Isso não houve.

É tão triste um povo sem aprumo! Um povo que não se acha em si, que encontra tantos outros sem nunca se ver!

Vitória, sexta-feira, 06 de abril de 2007.

 

A TERRA QUE NOS PARIU (mamãe nunca foi fotografada nem ouvida)


A TERRA BRASILEIRA (pela voz dos marinheiros) – dá um clipe formidável, nem que seja em computação gráfica ou modelação computacional encomendada.

Canção do Marinheiro

Letra: Benedito Xavier de Macedo
Música: Antonio do Espírito Santo
- I -
Qual cisne branco que em noite de lua
Vai deslizando num lago azul,
O meu navio também flutua
Nos verdes mares, de norte a sul
- II -
Linda Galera que em noite apagada
Vai navegando num mar imenso,
Nos traz saudades da terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso
- III -
Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração,
Dada por finda nossa derrota,
Temos cumprido nossa missão.
IV
Linda Galera que em noite apagada
Vai navegando num mar imenso,
Nos traz saudades da terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso
V
Qual linda garça
Que aí vai cruzando os ares,
Vai navegando
Sob um belo céu de anil
A minha galera
Também vai cortando os mares;
Os verdes mares
Os mares verdes do meu Brasil!
VI
Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração,
Dada por finda nossa derrota,
Temos cumprido nossa missão.
VII
Linda Galera que em noite apagada
Vai navegando num mar imenso,
Nos traz saudades da terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso.
OUTROS HINOS (é espantoso que os patriotas tenham tanto amor e outros, tanto desprezo; creio que o meio termo seria melhor: uma saudável apreciação disso em documentário)
Outros hinos [da pátria] Brasil
VÁRIOS HINOS
Independência
República
HINO DA INDEPENDÊNCIA
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga
Música: D. Pedro I
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade                (Bis)
No horizonte do Brasil.            “

Estribilho
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,            (Bis)
Ou morrer pelo Brasil.               “

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil:
Houve mão mais poderosa,     (Bis) 
Zombou deles o Brasil.               “
Estribilho
Brava gente brasileira, etc

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços    (Bis)
São muralhas do Brasil“

Estribilho
Brava gente brasileira, etc.

Parabéns, ó brasileiros!
Já com garbo juvenil,
Do universo entre as nações       (Bis)
Resplandece a do Brasil.                “
Estribilho
Brava gente brasileira, etc.


HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Américo Miguez
Seja um pálio de luz desdobrado
sob a larga amplidão destes céus
este canto rebel, que o Passado
vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
de esperanças de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Estribilho
Liberdade! Liberdade!
abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
tenha havido em tão nobre país...
Hoje o rubro lampejo da aurora
acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
saberemos, unidos, levar
nosso augusto estandarte que, puro,
brilha, ovante, da Pátria no altar!

Estribilho
Liberdade! Liberdade! etc.

Se é mister que de peitos valentes
haja sangue no nosso pendão,
sangue vivo do herói Tiradentes
batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
é de amor nossa força e poder,
mas da guerra nos transes supremos
heis de ver-nos lutar e vencer!
 

Estribilho
Liberdade! Liberdade! etc.

Do Ipiranga é preciso que o brado
seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado
sobre as púrpuras régias de pé!
Eia, pois, brasileiros, avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso país triunfante,
livre terra de livres irmãos!

Estribilho
Liberdade! Liberdade!...


HINO À BANDEIRA NACIONAL
Letra: Olavo Bilac
Música: Antônio Francisco Braga

Salve lindo pendão da esperança,
Salve símbolo augusto da Paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Estribilho
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil
Querido símbolo da terra
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul...
Estribilho
Recebe o afeto que se encerra. Etc.

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Estribilho
Recebe o afeto que se encerra. Etc.

Sobre a imensa nação brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!
Estribilho
Recebe o afeto que se encerra. Etc.
MEU BRASIL
Letra: F. Haroldo
Música: Thiers Cardoso 
 

Ó terra do Brasil,
Terra colossal
De belezas mil;
Ó meu feliz torrão,
Berço sem igual:
Eu te dou meu coração.

Brasil, ó meu Brasil,
Brasil de  gloriosas tradições,
Pensando em ti meu coração exulta
E faço da Pátria um ideal.

EU TE AMO, MEU BRASIL!
Letra e música: Don e Ravel

As praias do Brasil ensolaradas,
O chão onde o país se elevou,
A mão de Deus abençoou,
Mulher que nasce aqui tem muito mais amor.

O céu do meu Brasil tem mais estrelas.
O sol do meu país, mais esplendor.
A mão de Deus abençoou,
Em terras brasileiras vou plantar amor.

Eu te amo, meu Brasil, eu te amo! 
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil.
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo!
Ninguém segura a juventude do Brasil.

As tardes do Brasil são mais douradas.
Mulatas brotam cheias de calor.
A mão de Deus abençoou,
Eu vou ficar aqui, porque existe amor.

No carnaval, os gringos querem vê-las,
No colossal desfile multicor.
A mão de Deus abençoou,
Em terras brasileiras vou plantar amor.

Adoro meu Brasil de madrugada,
Nas horas que estou com meu amor.
A mão de Deus abençoou,
A minha amada vai comigo aonde eu for.

As noites do Brasil tem mais beleza.
A hora chora de tristeza e dor,
Porque a natureza sopra
E ela vai-se embora, enquanto eu planto amor.


CANÇÃO DO SOLDADO
(Capitão Cassula)
Letra: F. Saluviti
Música: Ismael Euclides C. Maranhão 

Nós somos da Pátria a guarda,
Fiéis soldados,
Por ela amados.
Nas cores da nossa farda
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.

Em nosso valor se encerra
Toda a esperança
Que um povo alcança.
No peito em que ela impera,
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.

Estribilho
A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor;
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada,
Lutaremos com valor.

Como é sublime saber amar!
Com a alma adorar
A terra onde se nasce.
Amor febril
Pelo Brasil,
No coração não há quem passe!

Quem sente no peito invicto
Ardor intenso,
Amor imenso,
Veste a farda e convicto,
Vai rumo à glória,
Rumo à vitória.

Dotado é de alma forte
Quem orgulhoso,
Vai desejoso
Afrontar a própria morte:
Vai rumo a glória,
Rumo à vitória!

E quando a Nação querida,
Ante o inimigo,
Correr perigo,
Daremos por ela a vida:
Por sua glória,
Sua vitória.

Co’os bravos que irão à frente,
Nós marcharemos,
Nós lutaremos,
Dizendo com fé ardente:
Por sua glória,
Sua vitória!

Quando morre um camarada
Na luta ingente,
Valentemente,
Trilha pela grande estrada
Que atinge a glória,
Segue a vitória.

Sua alma toda de arminho
Palpita inteira
Junto à bandeira
E nos segreda baixinho:
“Atinge a glória,
Segue a vitória!”

ONDE O CÉU É MAIS AZUL
( Canto Cívico)
Letra e música: João de Barro, Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho

Eu já encontrei um dia alguém
Que me perguntou assim, Iaiá:
O seu Brasil, o que é que tem?
O seu Brasil, onde é que está?
Trabalha...
Onde o céu azul é mais azul
E uma cruz de estrelas mostra o sul,
Aí se encontra o meu país,
O meu Brasil grande e tão feliz.

Que tem, junto ao mar, palmeirais,
No sertão, seringais,
E no sul, verdes pinheirais;
Um jangadeiro que namora o mar,
Verde mar, a beijar.

Brancas praias sem fim, quando faz luar;
Um garimpeiro que, lá no sertão,
Procura estrelas raras pelo chão...
E um boiadeiro que, tangendo os bois,
Trabalha muito pra sonhar depois.
Trabalha...

E se é grande o céu, a terra e o mar,
O seu povo bom, não é menor,
Mas, o que faz admirar,
Eu vou dizer, guarde bem de cor:
Trabalha...
Quem vê o Brasil que não tem fim,
Não chega a saber por que razão,
Este país, tão grande assim,
Cabe inteirinho, em meu  coração.


MINHA TERRA
Letra e música: Valdemar Henrique

Este Brasil tão grande e amado
É meu país idolatrado,
Terra de Amor e Promissão,
Toda verde, toda nossa
De carinho e coração.

Na noite quente e enluarada
O sertanejo está sozinho
E vai cantar pra namorada,
No lamento do seu pinho.

E o sol que nasce atrás da serra,
A tarde em festa rumoreja,
Cantando a paz da minha terra,
Na toada sertaneja.

Este sol e este luar,
Estes rios e cachoeiras,
Estas flores, este mar,
Este mundo de palmeiras,

Tudo isto é teu, ó meu Brasil,
Deus foi quem te deu;
Ele por certo é  brasileiro,
Brasileiro como eu.

ESTUDANTE DO BRASIL
Letra: P. Barbosa e A. Taranto
Música: Raul Roulien

Estudante do Brasil!
Tua missão é a maior missão:
Batalhar pela verdade,
Impor a tua geração!

Estribilho
Marchar, marchar para a frente!
Lutar incessantemente!
A vida iluminar,
Idéias avançar!

E, assim, tornar bem maior,
Com todo ardor juvenil:
A Raça, o Ouro, o esplendor
Do nosso imenso Brasil!

Estudante do Brasil,
Orgulho da Nação, tu hás de ser!
O Brasil almeja, ansioso,
Que cumpras sempre o teu dever.


CANÇÃO DO MARINHEIRO
(Cisne Branco)
Letra: Benedito Xavier de Macedo
Música: Antônio Manoel do Espírito Santo
Qual cisne branco que em noite de lua
Vai deslizando num lago azul,
O meu navio também flutua
Nos verdes mares, de Norte a Sul.
Linda galera que, em noite apagada,
Vai navegando no mar imenso,
Nos traz saudade da Terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso.
Qual linda garça que aí vai cortando os ares,
Vai navegando sob um belo céu de anil,
Nossa galera também vai cortando os mares,
Os verdes mares, os mares verdes do Brasil.
Com que alegria sentimos a volta
À nossa Pátria do coração!
De justo orgulho nossa alma envolta,
Pois já cumprimos a obrigação.
Linda galera que, em noite apagada,
Vai navegando no mar imenso,
Nos traz saudade da terra amada,
Da Pátria minha em que tanto penso.
Quanta alegria nos traz a volta
À nossa Pátria do coração.
De justo orgulho nossa alma envolta,
Temos cumprido nossa missão.  
 


FIBRA DE HERÓI
(Bandeira do Brasil)
Letra: Teófilo de Barros Filho
Música: Guerra Peixe

Se a Pátria querida
For envolvida pelo perigo,
Na paz ou na guerra
Defende a terra contra o inimigo.
Com ânimo forte,
Se for preciso, enfrenta a morte!
Afronta se lava
Com fibra de herói de gente brava.

Bandeira do Brasil,
Ninguém te manchará;
Teu povo varonil
Isso não consentirá.
Bandeira idolatrada,
Altiva a tremular
Onde a liberdade
É mais uma estrela a brilhar.

CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Letra: Guilherme de Almeida
Música: Spártaco Rossi 

Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais.

Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Do pampa, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios,
Da minha terra natal.

Estribilho
Por mais terra que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:

Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil!
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão.

Braços mornos de Moema
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim!
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!

Você sabe de onde eu venho?
É de uma Pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.

Deixei lá atrás meu terreiro,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina
Onde canta o sabiá.

Venho de além desse monte
Que ainda azula no horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado,
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.

Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham, deslumbradas,
Fazendo o sinal da cruz!

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