Os Parentescos da Matéria

 

A matéria não tem parentescos, porque parente tem sentido de proximidade afetiva e evidentemente matéria significa justamente a total falta de tais laços: com ela operam as cinco forças (elétrica, magnética, fraca, forte e gravinercial). Ela existe ao total acaso, sem necessidade alguma, isto é, sem atração-sentida, porque na alta-matéria, na psicologia há um REFLEXO DE CONTATO que é a percepção, a memória psicológica do passado. A memória da matéria é apenas FADIGA DOS MATERIAIS, não leva à concepção lingüística de uma tendência-ao-ser, de uma carência desse outro ser.

O CRESCIMENTO DO PARENTESCO (a pontescada científica expressa justamente isso)

·       Físico-Químico;

·       Biológico-p.2;

·       PSICOLÓGICO-p.3;                                 PASSADO                                   

·       Informacional-p.4;

·       Cosmológico-p.5;

·       Dialógico-p.6 (através da chamada “língua dos anjos”, como está na religião).

OS PARENTESCOS DA MATÉRIA-PSICOLÓGICA (ela é composta de programas e subprogramas, de rotinas e sub-rotinas, digamos a sub-rotina de ir à feita aos sábados em Jardim da Penha)

·       Parentesco de figuras (reconhecimentos das imagens próximas – ao sair de nossa cidade estranhamos os moradores das outras) ou psicanalíticas;

·       Parentesco dos objetivos (nos identificamos com as pessoas do mesmo partido político);

·       Parentesco das produções (industriais se sentem mais próximos de outros do setor e fazem coligação com eles na Federação das Indústrias) ou das economias;

·       Parentesco das organizações (a Cruz Vermelha terá tendência de se aproximar de outros grupos como ela) ou sociologias;

·       Parentesco de espaços e tempos (achamos estranha a década dos 1930 ou outros países) ou de geo-histórias.

Enfim, a matéria é uma forma muito baixa de humanidade, a humanidade é uma forma muito alta de matéria. É porisso que o materialismo, a superafirmação da matéria, é tão odioso para alguns, sem que eles saibam propriamente por que; é porque o ser humano está se reduzindo, se diminuindo. Isso é chamado de “alienação”, sair de si, perder sua humanidade (do outro lado está o idealismo, o excesso de idéias).

Vitória, 25 de fevereiro de 2007.