Explosão
Revolucionária
Veja bem que o
revolucionário, como todo ser humano, é um psicólogo prático, embora
não-teórico, porque não estudou para aprimorar-se SOB ÓTICA DE PENSAMENTO
ORGANIZADO E PAUTADO. Um açougueiro é um psicólogo e na realidade seu objeto é
o estudo do ser humano – a quem vender, como, o que, quando e assim por diante
todas as perguntas dos jornalistas. É interessante olhar assim, porque o
superjogo humano se torna jogo de psicologias, de almas ou racionalidades se
embatendo, disputando o jogo da sobrevivência da psicologia mais apta, e o que
está sendo selecionado é a racionalidade mais apta. Nós já vimos isso muito lá
para trás com outras palavras.
Se você vir toda a
humanidade como uma esfera em que nem todos os raios estão preenchidos e como
uma Curva do Sino (ou Distribuição Normal ou Distribuição
Probabilístico-Estatística ou Curva de Gauss), verá também a distribuição das
potências psicológicas, desde as simplórias ou muito superficiais até as mais
intensas, as mais profundas, as mais conceituais ou centrais de todas, aquelas
almas que escrevem romances de grande acuidade relacional.
COMO
A HUMANIDADE SE CURVA
(as curvas são diferentes para cada espécie racional, claro)
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Agora, veja só que construção
magnífica é o revolucionário, que consegue desvendar DUPLAMENTE tanto as
supernecessidades das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) em
relação aos AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos) quanto as
superfragilidades destes em relação àquelas e encontrar as palavras que
disparam comportamentos, as chaves que detonam as explosões das pessoas que
estão no limite, em-estado-de-bomba.
A
PSICOLOGIA DO REVOLUCIONÁRIO
·
Figura
ou psicanálise revolucionária (ele adota um jeito-de-ser que vai ser imitado
depois, como Che Guevara);
·
Objetivos
ou psico-sínteses do revolucionário (são firmes, indeclináveis, persistentes,
convincentes – ele convence a todos de que suas idéias são justas e devem ser
seguidas, ou seja, obtém a rendição ideal de todos os opositores; embora do
mal, Hitler foi obviamente assim);
·
A
ideia de re-produção ou re-economia do revolucionário deve ser persuasiva aos
que ouvem;
·
Suas
sugestões de reorganização ou re-socialização devem agradar a “todos” e cada
um, pelo menos a grande maioria, que se torna então engajada, depois de vencida
a oposição;
·
Sua
convicção de que a geo-história antiga expressa insuficientemente o ser humano
modifica todo o espaçotempo futuro (Cristo foi o maior dos revolucionários, sua
revolução vem atravessando não somente os séculos como os milênios).
AMIGO
GUEVARA (pois
“Che” significa amigo)
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[Bem depois soube coisas bem ruins
dele]
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O que torna o revolucionário
diferente? Que profundas modificações em relação à média são necessárias para
que ele se convença de sua missão e, principalmente, convença os outros? Onde
estão as raízes desse autoconvencimento? Você sabe, elas estão no sim e no não,
no a-favor e no contra.
Vitória, agosto de 2005.


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