As
Muitas Amizades das Mulheres
No MCES,
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, vimos que havia dois grupos
muito distintos, 10 a 20 % de homens capacitados para a guerra de fúria
masculina e 90 a 80 % que ficavam nas cavernas, contando aí 25 % de garotinhos
supermimados, anões, velhos, deficientes masculinos físicos e mentais (na falta
dos guerreiros, quando morriam todos e não voltavam nunca, serviam como
depositantes de esperma), guerreiros em processo de cura.
As mulheres, os 50 % delas, dividiam-se em
vários grupos.
AS MULHERES FAZIAM
GRUPO
(“fazer grupo”, na minha cidade significa defender interesses próprios e
fechados) – as amizades das mulheres nunca podiam ser muito profundas, não
chegavam jamais a parecer com as dos homens: só para começar, morriam todos
muito cedo, em torno dos 25 ou 30 anos, uma geração, não podiam fazer amizades
duradouras, como as que temos atualmente, de 40 ou 50 anos.
SUBGRUPO.
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PODER MANIFESTADO.
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Menininhas, até a primeira menstruação, em
geral aos oito anos.
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Nenhum, zero, eram abandonadas a si mesmas
(desenvolveram grande capacidade de sobrevivência, mais que os garotos
favorecidos e descuidados, eram postas a vigiá-los), as mães não lhes davam
atenção, cuidavam exclusivamente dos garotinhos. Elas deviam competir por alimentos
entre si, pegar sobras, comer escondido (isso se vê atualmente no gesto de
esconder a boca com a mão e se alimentar de boca fechada). Quando
menstruadas, tornavam-se competidoras potenciais detestadas.
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Mulheres inférteis.
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Menos poder que as menininhas, mais
desprezadas que elas, serviam de prostitutas e professoras dos garotos,
viviam adulando, tentavam de todo modo ter filhos ou roubar das outras, que
ficavam vigilantes.
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Mulheres férteis.
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Competiam extraordinariamente entre elas,
buscavam chamar atenção com adereços (antigamente, pedaços de metal, pedras
brilhantes, galhos e flores, de tudo: isso se vê repetido eternamente na
geo-história).
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Mães.
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Festejadíssimas, agiam como tiranas de todas
as outras, inclusive as mães-mortas (após a menopausa, muito mais precoce),
avós que tinham judiado delas quando menininhas. A mãe dominante, rainha de
todas as mães, era o centro das atenções, todas menstruavam ao mesmo tempo
que ela, e só ela estava em condições de conversar em pé de igualdade com os
homens e o chefe deles.
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Mães-mortas.
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Pelo menos tinham tido filhos, eram
portadoras das “artes sagradas”, davam conselhos, pisavam em todas, menos nas
mães.
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Os homens corriam riscos juntos, criavam
verdadeiros laços, essa amizade masculina verdadeira da dependência do
companheiro (não era boiolagem). Comparadas com essa, as amizades das mulheres
nem se assemelhavam, porque estavam em constante competição, raivoso
cabo-de-guerra, enfrentamento – mas dependiam também, só que não muito,
exerciam permanente vigilância em muitos níveis. Isso é útil, elas darão
excelentes espiãs, se isso é aconselhável. E ótimas vigilantes em postos de
guarda, em armazéns de guardados, em centros de compra, bem como em instalações
militares e lugares assim. Um índice é que as empregadas domésticas que roubam
nunca o fazem em casa que tem mulher, mas se for em casa de homem tudo some
(como na minha, quando houve tal tipo de figura ladra).
E aí devemos catalogar as várias combinações mãe-menininha,
mãe-avó, avó-infértil e segue. Devemos esperar que as inférteis, mais velhas e
sábias, tentavam cooptar as menininhas, o que devem continuar fazendo hoje.
Vitória, quinta-feira, 2 de novembro de 2017.
GAVA.
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