quinta-feira, 2 de novembro de 2017


As Muitas Amizades das Mulheres

 

No MCES, Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, vimos que havia dois grupos muito distintos, 10 a 20 % de homens capacitados para a guerra de fúria masculina e 90 a 80 % que ficavam nas cavernas, contando aí 25 % de garotinhos supermimados, anões, velhos, deficientes masculinos físicos e mentais (na falta dos guerreiros, quando morriam todos e não voltavam nunca, serviam como depositantes de esperma), guerreiros em processo de cura.

As mulheres, os 50 % delas, dividiam-se em vários grupos.

AS MULHERES FAZIAM GRUPO (“fazer grupo”, na minha cidade significa defender interesses próprios e fechados) – as amizades das mulheres nunca podiam ser muito profundas, não chegavam jamais a parecer com as dos homens: só para começar, morriam todos muito cedo, em torno dos 25 ou 30 anos, uma geração, não podiam fazer amizades duradouras, como as que temos atualmente, de 40 ou 50 anos.

SUBGRUPO.
PODER MANIFESTADO.
Menininhas, até a primeira menstruação, em geral aos oito anos.
Nenhum, zero, eram abandonadas a si mesmas (desenvolveram grande capacidade de sobrevivência, mais que os garotos favorecidos e descuidados, eram postas a vigiá-los), as mães não lhes davam atenção, cuidavam exclusivamente dos garotinhos. Elas deviam competir por alimentos entre si, pegar sobras, comer escondido (isso se vê atualmente no gesto de esconder a boca com a mão e se alimentar de boca fechada). Quando menstruadas, tornavam-se competidoras potenciais detestadas.
Mulheres inférteis.
Menos poder que as menininhas, mais desprezadas que elas, serviam de prostitutas e professoras dos garotos, viviam adulando, tentavam de todo modo ter filhos ou roubar das outras, que ficavam vigilantes.
Mulheres férteis.
Competiam extraordinariamente entre elas, buscavam chamar atenção com adereços (antigamente, pedaços de metal, pedras brilhantes, galhos e flores, de tudo: isso se vê repetido eternamente na geo-história).
Mães.
Festejadíssimas, agiam como tiranas de todas as outras, inclusive as mães-mortas (após a menopausa, muito mais precoce), avós que tinham judiado delas quando menininhas. A mãe dominante, rainha de todas as mães, era o centro das atenções, todas menstruavam ao mesmo tempo que ela, e só ela estava em condições de conversar em pé de igualdade com os homens e o chefe deles.
Mães-mortas.
Pelo menos tinham tido filhos, eram portadoras das “artes sagradas”, davam conselhos, pisavam em todas, menos nas mães.

Os homens corriam riscos juntos, criavam verdadeiros laços, essa amizade masculina verdadeira da dependência do companheiro (não era boiolagem). Comparadas com essa, as amizades das mulheres nem se assemelhavam, porque estavam em constante competição, raivoso cabo-de-guerra, enfrentamento – mas dependiam também, só que não muito, exerciam permanente vigilância em muitos níveis. Isso é útil, elas darão excelentes espiãs, se isso é aconselhável. E ótimas vigilantes em postos de guarda, em armazéns de guardados, em centros de compra, bem como em instalações militares e lugares assim. Um índice é que as empregadas domésticas que roubam nunca o fazem em casa que tem mulher, mas se for em casa de homem tudo some (como na minha, quando houve tal tipo de figura ladra).

E aí devemos catalogar as várias combinações mãe-menininha, mãe-avó, avó-infértil e segue. Devemos esperar que as inférteis, mais velhas e sábias, tentavam cooptar as menininhas, o que devem continuar fazendo hoje.

Vitória, quinta-feira, 2 de novembro de 2017.

GAVA.

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