quarta-feira, 1 de agosto de 2018


Silas Quente e Yuki Fria

 

Silas é o labrador Pink nose de Gabriel, meu filho de 21, e Yuki é a gata persa de Clara, minha filha de 23 anos.

Ele senta em lugares frios de comprido, patas da frente estendidas adiante e patas traseiras estendidas para trás, enquanto ela procura na sala o único lugar onde falta um quadrado e fica exposta a massa abaixo: a dedução vinda do Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) é que Silas como bioinstrumento dos pais-filhos e Yuki como bioinstrumento das mães-mulheres repetem seus donos, tendo sido selecionados os animais em cada caso que combinam com suas utilidades proprietárias.

BIOINSTRUMENTAÇÃO (foi uma construção muito precisa, dentro dos limites e possibilidades)

Silas
Ele é da natureza externa, do frio exposto às intempéries, é grande gastador de energia, esbanjador mesmo, e feroz boca-dos-homens, destemido e impressionante rompedor, castigador dos inimigos, leal e dependente de carinho permanente, vivendo disso mais que de alimentação. Não precisa do patrão para conseguir alimento, mas prefere presença.
Esbanjador
Yuki
Ela é de natureza interna, do calor da caverna, é poupadora intensiva de energia e não faz o menor gesto desnecessário, uma das pequenas-bocas-das-mulheres, calada e enganadora, espreitadora, independente e autônoma. Precisa da patroa e vive à sua volta, mas sai quando quer, voltando quando lhe dá vontade.
Poupadora

Tudo que ele e ela são os homens e as mulheres são também.

Os bioinstrumentos são CORRELATOS ou correspondentes, são co-criações das almas-corpos principais e dos propósitos que lhes foram atribuídos: refletem ainda a produçãorganização das cavernas onde vivemos antanho, nos tempos idos, antigamente. Não foram atualizados desde que se tornaram desnecessários, desde Jericó há 11 mil anos. São prévios à Idade Quente em que estamos vivendo. São criaturas do frio-de-constraste, digamos assim, ele muito peludo para viver na média glacial muito mais fria e ela preparada para viver no calor muito mais intenso do interior. Claro que haverá um delta-de-temperatura, ΔT, uma distância entre as atividades dele e dela, o que dispara um e outra: isso não foi modificado em dez milênios, de modo que estamos vivendo com os bioinstrumentos postos ainda na pré-história e mais para trás na pré-urbanização. Os bioinstrumentos, estes e outros, ainda são cavernícolas, o que deve transparecer em suas biologias não-adaptadas à urbanização.

Vitória, segunda-feira, 16 de abril de 2007.

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