quinta-feira, 2 de agosto de 2018


Linguajador

 

No livro de John Lechte 50 Pensadores Contemporâneos Essenciais (Do Estruturalismo à Pós-Modernidade), Rio de Janeiro, Difel, 2002, nas páginas 157 a 162 ele fala de Louis Hjelmslev:

“Como Saussure, Hjelmslev começa da posição de que a linguagem é uma instituição supra-individual que deve ser estudada e analisada por si só, e não ser vista como o veículo, ou instrumento, de conhecimento, pensamento, emoção – ou, de modo mais geral, como um meio de contato com o que lhe é externo. Resumindo, a abordagem transcendental (linguagem como meio) deveria abrir caminho a uma abordagem imanente (o estudo da linguagem em si mesma) ”, negritos e itálicos meus.

A POSIÇÃO REFERENDADA DE HJELMSLEV PELO MODELO (a língua é pública)

·       LÍNGUA PESSOAL:

1.       Origem individual;

2.       Acréscimos familiares (a primeira família racional neandertal foi a de EVA MITOCONDRIAL + ADÃO Y) desde 200 mil anos na África;

3.      Ampliação grupal (os grupos têm enorme preferência pelas gírias, sub-sistemas de inclusão-exclusão que delineiam limites mentais cifrados);

4.      Alargamentos empresariais (com subseções para a agropecuária-extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos: são sub-línguas características);

·       LÍNGUA AMBIENTAL:

5. avanços urbano-municipais;

6. melhorias estaduais;

7. dilatação nacional;

8. redimensionamento planetário (a globalização está inventando uma língua global).

TRANSCENDENTE-IMANENTE

LÍNGUA TRANSCENDENTE
LÍNGUA IMANENTE
Degenerativa, sujeita a gírias
Não sujeita a erros, generativa
IM/PERFEITO = A/PERFEITO
PERFEITO
Para nós
Em si mesma
Privada
Pública
Relativa
Absoluta
Sub-coletiva
Supra individual
Veículo
Instituição

Eis a resposta que ele mesmo se dá.

A POSIÇÃO NÃO-REFERENDADA DE LOUIS

A língua é também instrumento libertador CONTRA-COLETIVO, não-acadêmico, que dá independência ao pretenso “sujeitável”, a pessoa que se tenta socialmente sujeitar, transformar em sujeito, dependente, subalterno.

Ademais, a língua é instrumento, sim, de pensimaginação e de Conhecimento (mágico-artístico, teológico-religioso, filosófico-ideológico, científico-técnico e matemático).

Vitória, terça-feira, 24 de abril de 2007.

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