Investigando
os Lavradores Egípcios
Uma primeira pessoa
afirma e nós todos seguimos repetindo, porque a palavra falada, a palavra
escrita e as imagens têm enorme poder de convencimento (não é senão devido a
ele que lemos livros de FC e fantasia, de literatura, e vemos filmes).
Primeiro disseram
que os operários que levantaram as pirâmides eram escravos trabalhando em três turnos
o ano inteiro. Depois falaram de lavradores (o ano egípcios tinha três
quadrimestres, quatro meses por estação, enquanto o nosso tem quatro
trimestres: quatro estações de três meses cada), uma das estações deles sendo o
de espraiamento do lodo do Nilo, outra a de plantio e a terceira de colheita; por
essa ideia teriam quatro meses por ano para lavrar as pedras nas pedreiras,
transportá-las, alinhá-las para a subida e coloca-las certinho, segundo os
ângulos marcados pelos arquitetos-engenheiros de então, os sacerdotes.
Para a Grande
Pirâmide de Gizé, a de Quéops/Khufu, seriam 2,5 milhões de blocos com média de
2,5 toneladas de peso, total de 6,25 milhões de toneladas: em 20 anos x quatro
meses/ano x 30 dias/mês são 2,4 mil dias com 2.600 blocos por dia, depois de realizar
todas aquelas tarefas de alimentar o Egito. Não poderia ser no plantio, nem na
colheita, moagem e estocagem dos grãos, tinha de ser na fase de elevação do
nível do grande rio, gastando grande parte dos estoques de grãos para alimentar
os trabalhadores.
Numa época disseram
que eram escravos, noutra que eram amorosos operários erguendo imensas obras
para os patrões: nunca ouvi falar que proletários morressem de amores por seus empregadores.
OLHE
SÓ A TAREFA (não me parece que os tecnocientistas
tenham pensado a fundo a questão)
Para mim, tudo isso
deve ser investigado a fundo, com grande detalhamento, com o máximo de atenção,
levando em conta a produçãorganização ou sócioeconomia, isto é, a psicologia da
época, antes de sairmos por aí falando a torto e a direito. Os
geo-historiadores, os arqueólogos, os antropólogos não fazem essas pesquisas.
Confunde as
pessoas, principalmente as crianças.
Vitória,
quinta-feira, 2 de agosto de 2018.
GAVA.
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