quinta-feira, 2 de agosto de 2018


Investigando os Lavradores Egípcios

 

Uma primeira pessoa afirma e nós todos seguimos repetindo, porque a palavra falada, a palavra escrita e as imagens têm enorme poder de convencimento (não é senão devido a ele que lemos livros de FC e fantasia, de literatura, e vemos filmes).

Primeiro disseram que os operários que levantaram as pirâmides eram escravos trabalhando em três turnos o ano inteiro. Depois falaram de lavradores (o ano egípcios tinha três quadrimestres, quatro meses por estação, enquanto o nosso tem quatro trimestres: quatro estações de três meses cada), uma das estações deles sendo o de espraiamento do lodo do Nilo, outra a de plantio e a terceira de colheita; por essa ideia teriam quatro meses por ano para lavrar as pedras nas pedreiras, transportá-las, alinhá-las para a subida e coloca-las certinho, segundo os ângulos marcados pelos arquitetos-engenheiros de então, os sacerdotes.

Para a Grande Pirâmide de Gizé, a de Quéops/Khufu, seriam 2,5 milhões de blocos com média de 2,5 toneladas de peso, total de 6,25 milhões de toneladas: em 20 anos x quatro meses/ano x 30 dias/mês são 2,4 mil dias com 2.600 blocos por dia, depois de realizar todas aquelas tarefas de alimentar o Egito. Não poderia ser no plantio, nem na colheita, moagem e estocagem dos grãos, tinha de ser na fase de elevação do nível do grande rio, gastando grande parte dos estoques de grãos para alimentar os trabalhadores.

Numa época disseram que eram escravos, noutra que eram amorosos operários erguendo imensas obras para os patrões: nunca ouvi falar que proletários morressem de amores por seus empregadores.

OLHE SÓ A TAREFA (não me parece que os tecnocientistas tenham pensado a fundo a questão)

Resultado de imagem para queops khufu

Para mim, tudo isso deve ser investigado a fundo, com grande detalhamento, com o máximo de atenção, levando em conta a produçãorganização ou sócioeconomia, isto é, a psicologia da época, antes de sairmos por aí falando a torto e a direito. Os geo-historiadores, os arqueólogos, os antropólogos não fazem essas pesquisas.

Confunde as pessoas, principalmente as crianças.

Vitória, quinta-feira, 2 de agosto de 2018.

GAVA.

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