sábado, 25 de agosto de 2018


A ESCELSA Hegemonia

 

EXCELSO (no dicionário Aurélio Século XXI)

[Do lat. excelsu.] Adj. 1. Alto, elevado; sublime. 2. Excelente, admirável. 

ESCELSA é a sigla para Espírito Santo Centrais Elétricas S.A., uma das subsidiárias da antiga Eletrobrás, empresa estatal de exploração da energia hidrelétrica; quando desestatizada a preço de banana podre herdou o antigo monopólio (um polo só, o estatal) e continuou com ele. Como não é mais monopólio, porque em tese está aberto, continua oligopólio hegemônico.

HEGEMONIA (idem)

[Do gr. hegemonía.] S. f. 1. Preponderância de uma cidade ou de um povo sobre outras cidades ou outros povos. 2. Fig. Preponderância, supremacia, superioridade. 
Nova hegemonia mundial
http://www.clacso.org.ar/difusion/institucional/publicaciones-brasil/Publicaciones/publicacion.2006-06-06.0936658918/imagen
ISBN 987-1183-09-7
Brasil, São Paulo, Clacso
200501
(15,5 x 22,2 cm) 208 páginas
“O que é que condena a seu fim esse poderio de natureza militar, com essas centenas de bases das quais se falou e independentemente da aliança de forças reacionárias que há em todo o mundo? As ideias justas, no momento justo, nas circunstâncias históricas precisas”. Fidel Castro Ruz


Essa preponderância, supremacia, superioridade absoluta herdada pela ESCELSA não foi boa nem para as elites excluídas, nem para o povo, porque hegemonia de preços e ofertas diante das demandas: não há concorrência por estas.

Ora, nós que ficamos condenados à política amparada de preços da ESCELSA não podemos gostar nada mesmo de ter o sobrepeso passivo do Estado associado à gerência empresarial, sem contrapartida às PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) usuárias dos serviços. Escorada na presença de bastidores do Estado imperial a ESCELSA prossegue oferecendo o que quiser e cobrando o preço que desejar pelo kWh. Não há concorrência total (em todo o Espírito Santo) nem parcial, em cada cidade, nem de termelétrica, nem de eólica, nem de biomassa, nem de álcool, nem de lenha, nem de carvão, nem de gás (a não ser essa fração mínima que serve às residências), nem de nada mesmo. Estamos à mercê.

Esse é caso de herança de monopólio privado, a forma mais perversa de capitalismo, onde a concorrência não pode prosperar porque servimos durante décadas ao monopólio estatal e ficamos tão treinados em subserviência a ponto de nem fazer as perguntas cruciais, as da autoproteção.

 Vitória, sábado, 21 de julho de 2007.

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