Não
Podem Ter Havido 2.300 Dilúvios
Primeiro havia o
bíblico, de Noé e família, que é muito conhecido porque a Bíblia é de longe o livro
mais editado no mundo e o mais lido.
Depois, descobriram
as milhares de tabuinhas da Suméria que contavam o dilúvio da Epopeia de
Gilgamesh, aparecendo também na lenda de Ziusudra, dois na mesma região. Há a grande inundação de Deucalião e Pirra na
Grécia, há o dilúvio hindu nos Puranas, os americanos e a coisa foi prosperando
a ponto de chegarem a 300, depois, quando foram avaliar mais a fundo, deu um
salto a dois mil e agora são 2.300 nas várias partes independentes do mundo.
Claro, não podem
ter acontecido 2.300 deles ou nem haveria mundo, só enchentes desastrosas globais.
No máximo podem ter acontecido algumas inundações globais, bem poucas, talvez
uma só, lá pelos lados do fim da glaciação
de Wisconsin/Würm, associada à queda de meteorito (estou acreditando em três,
há 11,6 mil anos, 13,4 mil anos e 17 mil anos, é preciso achar as crateras).
ÍNDICES DE ESQUISITICE
1.
2.300 dilúvios (alguém tinha de reparar);
2.
Aviso de um deus ou deusa qualquer,
mandando construir barco;
3.
Várias descrições de espécies
recolhidas aos pares, de barco parando no alto de montanha, de pomba saindo, de
repovoamento, etc.
Que geo-historiadores,
arqueólogos, antropólogos e outros, até jornalistas investigativos, não tenham
reparado mostra um vício de fundo, gerando suspeição quanto ao método ser
realmente não-interessado em resultados, quer dizer, científico de fato. Parece
trapaça e isso nunca faz avançar a Ciência geral.
Os povos devem se
referir a um ou poucos dilúvios, significando que são descendentes do mesmo
grupo; e podem ter romantizado como descrição mítica ou lendária em todas as
migrações a grande inundação real. Que os pesquisadores não se sentissem
tentados a buscar a verdade depõe contra eles pela falta de interesse; e que
agora ataquem os não-acadêmicos que insistem em expor, depõe ainda mais, como
implicância e antagonismo aos que não são da corriola tecnocientífica.
Vitória,
terça-feira, 31 de julho de 2018.
GAVA.