quinta-feira, 9 de agosto de 2018


Super Poder

 

Há esses dizeres, como “vontade de poder” (de Nietzsche), “querer é poder”, “saber é poder” (de Bacon) e assim por diante.

Alguém disse na TV por ocasião da estréia do Homem Aranha 3 que as pessoas querem ser como os super-heróis (na Rede Cognata, SUPER-NOMES), mas na realidade é bem mais que isso, como diz o título: as pessoas querem SUPER poder, poder mais que os outros, poder diferencialmente e acima dos demais. Não se trata de voar como o Super-Homem (= SUPER-PAI, na RC), fazer as peripécias do Homem Aranha (= PAI MÃE), viver debaixo de água como Aquaman ou Namor, o Príncipe Submarino, ou imitar qualquer um dos agora milhares de super qualquer coisa, e sim de ultrapassamento, de distinção, por conseguinte, de chamar a atenção, destacar-se.

SUPER DESTACAR-SE

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Veja que na Europa, onde as pessoas não se sentem esmagadas, não existem esses super-heróis; podemos esperar que nas épocas e nos lugares de maior ocultamento da individualidade as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) tentem se projetar ACIMA E ALÉM DOS DEMAIS através de quaisquer artifícios.

Veja que Os Incríveis já são família, assim com Susan Storm (Mulher Invisível) e Reed Richards (Senhor Fantástico), casados e com filho no Quarteto Fantástico, pois as famílias também estão mergulhando no desconhecimento em virtude do crescimento desmesurado do mundo em quantidade e em qualidade.

As pessoas querem super PODER, poder de-mais, além dos outros, querem ser notadas, evidenciadas. Lêem revistas, vêem filmes para encarnar não em cada um, mas na emoção de ir além; não é apenas cada uma das super-capacidades, é distinguir-se, aparecer, mostrar-se, “mamãe estou aqui” ou “ó, pai, ó”. Veja-me! Esse é o grande recado. Não é apenas vontade de poder, é vontade de poder distintivamente, pois hoje podemos muito e não nos contentamos com o desconhecimento.

Vitória, quinta-feira, 17 de maio de 2007.

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