Super Poder
Há esses dizeres, como “vontade de poder” (de
Nietzsche), “querer é poder”, “saber é poder” (de Bacon) e assim por diante.
Alguém disse na TV por ocasião da estréia do Homem Aranha 3 que as pessoas querem
ser como os super-heróis (na Rede Cognata, SUPER-NOMES), mas na realidade é bem
mais que isso, como diz o título: as pessoas querem SUPER poder, poder mais que
os outros, poder diferencialmente e acima dos demais. Não se trata de voar como
o Super-Homem (= SUPER-PAI, na RC), fazer as peripécias do Homem Aranha (= PAI
MÃE), viver debaixo de água como Aquaman ou Namor, o Príncipe Submarino, ou
imitar qualquer um dos agora milhares de super qualquer coisa, e sim de
ultrapassamento, de distinção, por conseguinte, de chamar a atenção,
destacar-se.
SUPER
DESTACAR-SE
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Veja que na Europa, onde as pessoas não se
sentem esmagadas, não existem esses super-heróis; podemos esperar que nas
épocas e nos lugares de maior ocultamento da individualidade as PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) tentem se projetar ACIMA E ALÉM DOS
DEMAIS através de quaisquer artifícios.
Veja que Os
Incríveis já são família, assim com Susan Storm (Mulher Invisível) e Reed
Richards (Senhor Fantástico), casados e com filho no Quarteto Fantástico, pois as famílias também estão mergulhando no
desconhecimento em virtude do crescimento desmesurado do mundo em quantidade e
em qualidade.
As pessoas querem super PODER, poder de-mais,
além dos outros, querem ser notadas, evidenciadas. Lêem revistas, vêem filmes
para encarnar não em cada um, mas na emoção de ir além; não é apenas cada uma
das super-capacidades, é distinguir-se, aparecer, mostrar-se, “mamãe estou
aqui” ou “ó, pai, ó”. Veja-me! Esse é o grande recado. Não é apenas vontade de
poder, é vontade de poder distintivamente, pois hoje podemos muito e não nos
contentamos com o desconhecimento.
Vitória, quinta-feira, 17 de maio de 2007.




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