sexta-feira, 3 de agosto de 2018


O Crime de Jorge

 

Gosto de Jorge Ben (Benjor), há músicas memoráveis dele, que mantém um padrão de criatividade e de mudanças de rumos (quando pensam que vai repetir a mesmice, muda completamente), mas há essa passagem que referirei.

Wikipédia.
Jorge Ben Jor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1945),[4][5] conhecido como Jorge Ben e Jorge Ben Jor, é um violonista, pandeirista, guitarrista, percursionista, cantor e compositor brasileiro. Em 2008 a revista Rolling Stone Brasil o nomeou como o 5º maior artista da história da música brasileira.
Resultado de imagem para jorge ben

PREGANDO A VINGANÇA E O MORTICÍPIO

Zumbi

 

Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Um princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados em carros de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Dum lado cana de açúcar
Do outro lado o cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão tão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
É senhor das demandas
Quando Zumbi chega é Zumbi
É quem manda
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver

Ao contrário de Mandela [que teve grandeza de ver que se os partidários seriam imperdoáveis moralmente (levam suas memórias a Deus e terão de conviver com elas), na prática a existência da África do Sul demandava a acomodação, ou de outro modo os 9,5 % (digamos 10 %) de brancos seriam assassinados pelos 79 % (digamos 80 %) de negros (11,5 % de outros) dos quase 60 milhões de moradores em 2018, quer dizer, dos 6,0 milhões de brancos e pelos 48 milhões de negros. Agora, por sinal, estão saindo do apartheid social para o apartheid econômico, com expropriação das terras em posse dos brancos (eles irão embora e levarão o conhecimento com eles, inclusive dos setores vitais da AS)], Jorge Ben prega o assassinato dos “senhores brancos”, a colheita do algodão tão branco sendo colhido por mãos negras.

Se os negros pressionarem na AS, os brancos venderão suas propriedades, mesmo perdendo, e irão embora levando o que é intrinsicamente seu, o conhecimento, com que instruirão os estrangeiros sobre as fraquezas do país. E os novos brancos (ou amarelos ou indígenas) chegarão amparados por força militar.

Essa é a diferença entre a grande visão (de Jesus, de Mandela, de Gandhi, de outros) e a pequenez de Jorge.

Vitória, sexta-feira, 3 de agosto de 2018.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário