O
Crime de Jorge
Gosto de Jorge Ben (Benjor), há músicas
memoráveis dele, que mantém um padrão de criatividade e de mudanças de rumos
(quando pensam que vai repetir a mesmice, muda completamente), mas há essa
passagem que referirei.
Wikipédia.
Jorge Ben Jor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro,
22 de março de 1945),[4][5] conhecido como Jorge Ben e Jorge
Ben Jor, é um violonista, pandeirista, guitarrista, percursionista, cantor e compositor brasileiro. Em 2008 a revista Rolling Stone Brasil
o nomeou como o 5º maior artista da história da música brasileira.
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PREGANDO
A VINGANÇA E O MORTICÍPIO
Zumbi
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina Quiloa Rebolo Aqui onde estão os homens Há um grande leilão Dizem que nele há Um princesa à venda Que veio junto com seus súditos Acorrentados em carros de boi Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Angola Congo Benguela Monjolo Cabinda Mina Quiloa Rebolo Aqui onde estão os homens Dum lado cana de açúcar Do outro lado o cafezal Ao centro senhores sentados Vendo a colheita do algodão tão branco Sendo colhidos por mãos negras Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver Quando Zumbi chegar O que vai acontecer Zumbi é senhor das guerras É senhor das demandas Quando Zumbi chega é Zumbi É quem manda Eu quero ver Eu quero ver Eu quero ver |
Ao contrário de Mandela [que teve grandeza de
ver que se os partidários seriam imperdoáveis moralmente (levam suas memórias a
Deus e terão de conviver com elas), na prática a existência da África do Sul
demandava a acomodação, ou de outro modo os 9,5 % (digamos 10 %) de brancos
seriam assassinados pelos 79 % (digamos 80 %) de negros (11,5 % de outros) dos
quase 60 milhões de moradores em 2018, quer dizer, dos 6,0 milhões de brancos e
pelos 48 milhões de negros. Agora, por sinal, estão saindo do apartheid social
para o apartheid econômico, com expropriação das terras em posse dos brancos (eles
irão embora e levarão o conhecimento com eles, inclusive dos setores vitais da
AS)], Jorge Ben prega o assassinato dos “senhores brancos”, a colheita do algodão tão branco sendo colhido por mãos
negras.
Se os negros pressionarem na AS, os brancos
venderão suas propriedades, mesmo perdendo, e irão embora levando o que é intrinsicamente
seu, o conhecimento, com que instruirão os estrangeiros sobre as fraquezas do
país. E os novos brancos (ou amarelos ou indígenas) chegarão amparados por
força militar.
Essa é a diferença entre a grande visão (de
Jesus, de Mandela, de Gandhi, de outros) e a pequenez de Jorge.
Vitória, sexta-feira, 3 de agosto de 2018.
GAVA.
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