quinta-feira, 2 de agosto de 2018


Escravos de Jeová Bolavam Confronto

 

A PROVÁVEL FORMA ORIGINAL (veja abaixo)

POSSÍVEL ORIGINAL
VARIAÇÃO NA REDE COGNATA
ESCRAVOS DE JÓ
 
Escravos de Jó
Jogavam caxangá.
Tira, bota, deixa o Zebelê ficar.
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá.
ESCRAVOS DE JEOVÁ
 
MULHERES DA TERRA
BOLAVAM CONTROLE
TIRA, BOTA, DEIXA O PINTO PENETRAR
QUERERES COM QUERERES
PÕE PINTO, PENETRA, HOMEM

Parece que o jogo sexual não é somente o que está evidente enquanto multiplicação da espécie, prazer dos sentidos, ostentação, auto-proteção e tudo que está na geo-história, senão também um jogo das mulheres.

HÁ MUITAS TRADUÇÕES

·       Caxangá = CONTROLE = CRISTO = CAPITAL = CASTIGO = CASAMENTO = CANTO = CONTO = GEOMETRIA = COMETA e segue;

·       Jó = JEOVÁ = JOGO = TERRA = TELA = TABULEIRO = VÍDEO = VARIAR = DAR = RECEBER e segue;

·       Escravos = NEGROS = MULHERES = NOBRES = MODELOS = APARENTES = MORTOS = EXILADOS = EXIBIDOS = APARENTES e segue.

As composições seriam variadíssimas, vá fazê-las, se lhe interessar.

DE pronto há que o jogo é enormemente mais complicado do que poderíamos imaginar sem a Rede Cognata.

Vitória, segunda-feira, 30 de abril de 2007.

 

SOB A CANTIGA

3. Os Escravos de Jô
 
Os escravos de Jô
Jogavam caxangá.         (bis)
Tira, põe, deixa o Zé Pereira* entrar.
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá. (bis)
* O professor Paulo Marconi presta, por email de 30.01.06, as seguintes informações, à guisa de contribuição aos estudiosos do assunto, enriquecendo ainda mais o conteúdo da matéria.
Bom dia.
Estava lendo a parte de "Brincadeiras e Cantigas de Roda" do seu ótimo site mas tenho, como educador, obrigação de corrigir uma parte da letra do "Escravos de Jó".
Sei que em algumas partes do Brasil o significado folclórico original foi perdido e palavras foram modificadas por outras que "faziam mais sentido" para quem as cantava.
Mas, como filho de mineiro, gostaria que vocês substituíssem o "Zé Pereira" do "Escravos de Jó" por "Zabelê", que é a letra correta.
"Escravos de Jó, jogavam caxangá. Tira, põe (alguns cantam "bota"), deixa o ZABELÊ ficar...".
A título de curiosidade:
Jó, um grande construtor da antiguidade, teve que construir uma grande obra num local onde não havia pedras. A solução que ele encontrou foi formar uma longa fila de escravos desde a pedreira até o local da obra, onde os escravos iam cantando e passando pedras de um para o outro, de maneira cadenciada, sem deixá-las cair no chão, até chegar no local da construção.
No Brasil: O reisado, mais antigo, tem um rei e um secretário-de-sala, que se batem a espada com altivos embaixadores de um governante que se nomeia, e movimenta figuras reais e fantásticas, o Urso, o Jaraguá, o Cacunda, o ZABELÊ, o capitão-de-campo e os escravos fugidos (escravos de Jó), o Lobisomem, o Mandu, o diabo e o Arcanjo Gabriel a disputar a posse de uma alma recém-desencarnada...
O jogo "Caxangá" foi trazido pelos Portugueses e consistia numa roda em que se passavam pedras de uma pessoa para outra. Posteriormente passou-se a utilizar caixas de fósforos.
É isso: Folclore também é cultura.
Parabéns pelo site.
abraço,
Paulo Marconi  - marconi@rio.com.br

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