Os
Autóctones do Arco dos Andes e os do Páleo-Planalto Brasileiro
Na medida em que o Páleo-Planalto Brasileiro
já se encontrava plenamente separado da África, passou a constituir unidade evolutiva
distinta, completamente separada do seu equivalente no outro continente,
conforme disse em A Linha Quentinha do
Atlântico e outros textos precedentes.
Quanto mais ia para sudoeste, mais a Placa da
América do Sul montava a Placa de Nazca e o Arco dos Andes ia se tornando a
Cordilheira, tal como a vemos na atualidade. Tenho se elevado, tornou-se
suporte para a vida que ali se estabeleceu: peixes ficavam nos alagados, indo
do AA ao PPB à vontade, enquanto o Grande Canal Salgado não fechou na Argentina
e em Marajó e não subiu com o assoreamento e os depósitos de aluvião. Os
pássaros transitavam à vontade de um lado para outro e eram, ao fim e ao cabo,
as mesmas espécies, fora uma ou outra, sei lá quantas, os biólogos é que vão
dizer.
Quanto aos de terra, esses nem podiam voar
nem podiam nadar, ficavam os do AA por lá e os do PPB por cá, cada espécie no
seu canto, evoluindo separadamente e não mais podendo se mesclar, dado que
espécies distintas.
Este, é claro, é mais um relógio, um marcador
temporal de quanto demorou o Grande Canal Salgado para fechar, para se tornar o
Grande Canal Doce (o lobato), depois os pantanais, lagoas, lagos e montanhas
que permitiram o trânsito geral de todos para todos os lugares. Esse relógio
paleontológico é importantíssimo, pois diz quando as espécies recomeçaram a
evoluir juntas, tornando-se umas predadoras de outras: no momento em que se
abriu o curral, os predadores correram em busca das presas de um para outro
lado.
Vitória, sábado, 10 de fevereiro de 2018.
GAVA.
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