sábado, 10 de fevereiro de 2018


Os Autóctones do Arco dos Andes e os do Páleo-Planalto Brasileiro

 

Na medida em que o Páleo-Planalto Brasileiro já se encontrava plenamente separado da África, passou a constituir unidade evolutiva distinta, completamente separada do seu equivalente no outro continente, conforme disse em A Linha Quentinha do Atlântico e outros textos precedentes.

Quanto mais ia para sudoeste, mais a Placa da América do Sul montava a Placa de Nazca e o Arco dos Andes ia se tornando a Cordilheira, tal como a vemos na atualidade. Tenho se elevado, tornou-se suporte para a vida que ali se estabeleceu: peixes ficavam nos alagados, indo do AA ao PPB à vontade, enquanto o Grande Canal Salgado não fechou na Argentina e em Marajó e não subiu com o assoreamento e os depósitos de aluvião. Os pássaros transitavam à vontade de um lado para outro e eram, ao fim e ao cabo, as mesmas espécies, fora uma ou outra, sei lá quantas, os biólogos é que vão dizer.

Quanto aos de terra, esses nem podiam voar nem podiam nadar, ficavam os do AA por lá e os do PPB por cá, cada espécie no seu canto, evoluindo separadamente e não mais podendo se mesclar, dado que espécies distintas.

Este, é claro, é mais um relógio, um marcador temporal de quanto demorou o Grande Canal Salgado para fechar, para se tornar o Grande Canal Doce (o lobato), depois os pantanais, lagoas, lagos e montanhas que permitiram o trânsito geral de todos para todos os lugares. Esse relógio paleontológico é importantíssimo, pois diz quando as espécies recomeçaram a evoluir juntas, tornando-se umas predadoras de outras: no momento em que se abriu o curral, os predadores correram em busca das presas de um para outro lado.

Vitória, sábado, 10 de fevereiro de 2018.

GAVA.

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