domingo, 25 de fevereiro de 2018


Unificação da Ciência

 

Em seu livro A Fabricação da Ciência, 1ª reimpressão, São Paulo, UNESP, 1994, p. 15, Alan Chalmers diz: “A caracterização geral da ciência buscada pelos filósofos a que me referi pretendia ser universal e a-histórica. Universal, no sentido de que se tencionava que fosse igualmente aplicada a todas as teses científicas. Os positivistas buscavam, por exemplo, uma ‘teoria unificada da ciência’ (Hanfling, 1981, capítulo 6) que pudesse empregar para a defesa da física e da psicologia behaviorista e para criticar com severidade a religião e a metafísica. A explicação que se buscava para a ciência será a-histórica no sentido de que deveria aplicar-se tanto às teorias passadas como às contemporâneas e às futuras”.

É exatamente isso o modelo que construí, enquanto indicador epistemológico, e enquanto prateoria geral: serve para o passado, o presente e o futuro. Não obstante não sou positivista, superafirmador do positivo, nem negativista, superafirmador do negativo. Não nego a religião nem a metafísica.

É isso que o modelo faz: cria um EIXO DE REFERÊNCIA para todas as teses científicas, técnicas, filosóficas, ideológicas, teológicas, religiosas, mágicas, artísticas e matemáticas. Geral e total. Chalmers colocou isso em 1994, quando o modelo começou a nascer em julho de 1992, apenas dois anos antes. De fato, o original francês é de 1990, dois anos antes do modelo. Quando ele tinha acabado de afirmar o modelo estava nascendo.

De fato, coloca na página 21: “Na penúltima seção de What is this thing called science? Resumi minha atitude em relação a essas questões da seguinte forma: ‘Como agora está claro, acredito que não existe nenhuma concepção atemporal e universal da ciência e do método científico que possa atender ao objetivo de avaliar todas as pretensões do conhecimento. Não temos os recursos para chegar a isso e para defender essas idéias. Não podemos defender ou rejeitar com legitimidade pontos do conhecimento porque eles se ajustem ou não a determinados critérios já prontos da cientificidade’” (e segue).

O modelo fez exatamente tudo isso que ele negou.

Se não houvesse um modelo, como a humanidade se reuniria para nascer do ovo-cósmico que é a Terra? As forças internas seriam de auto-consumo e as frações se devorariam entre si.

Vitória, quarta-feira, 19 de julho de 2006.

 

ALAN CHALMERS

História ou Ciência?
Artigo - Eduardo Dorneles Barcelos - assessor da presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB) e pesquisador associado do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O que é história da ciência?
A aparente banalidade da pergunta esconde um debate acadêmico que envolve os praticantes desta área do conhecimento ainda pouco explorada e conhecida em nosso País.
Revista Cenciaonline/março/maio/2002
A questão do método Universal
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Cristina G. Machado de Oliveira
O conhecimento científico é uma conquista relativamente recente da humanidade. A revolução científica do século XVII marca a autonomia da ciência, a partir do momento que ela busca seu próprio método desligado da reflexão filosófica.

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