Unificação da Ciência
Em seu livro A Fabricação da Ciência, 1ª reimpressão, São Paulo, UNESP, 1994, p.
15, Alan Chalmers diz: “A caracterização geral da ciência buscada pelos
filósofos a que me referi pretendia ser universal e a-histórica. Universal, no
sentido de que se tencionava que fosse igualmente aplicada a todas as teses
científicas. Os positivistas buscavam, por exemplo, uma ‘teoria unificada da
ciência’ (Hanfling, 1981, capítulo 6) que pudesse empregar para a defesa da
física e da psicologia behaviorista e para criticar com severidade a religião e
a metafísica. A explicação que se buscava para a ciência será a-histórica no
sentido de que deveria aplicar-se tanto às teorias passadas como às
contemporâneas e às futuras”.
É exatamente isso o modelo que construí,
enquanto indicador epistemológico, e enquanto prateoria geral: serve para o
passado, o presente e o futuro. Não obstante não sou positivista,
superafirmador do positivo, nem negativista, superafirmador do negativo. Não
nego a religião nem a metafísica.
É isso que o modelo faz: cria um EIXO
DE REFERÊNCIA para todas as teses científicas, técnicas, filosóficas,
ideológicas, teológicas, religiosas, mágicas, artísticas e matemáticas. Geral e
total. Chalmers colocou isso em 1994, quando o modelo começou a nascer em julho
de 1992, apenas dois anos antes. De fato, o original francês é de 1990, dois
anos antes do modelo. Quando ele tinha acabado de afirmar o modelo estava
nascendo.
De fato, coloca na página 21: “Na
penúltima seção de What is this thing called science? Resumi minha atitude em
relação a essas questões da seguinte forma: ‘Como agora está claro, acredito
que não existe nenhuma concepção atemporal e universal da ciência e do método
científico que possa atender ao objetivo de avaliar todas as pretensões do
conhecimento. Não temos os recursos para chegar a isso e para defender essas
idéias. Não podemos defender ou rejeitar com legitimidade pontos do
conhecimento porque eles se ajustem ou não a determinados critérios já prontos
da cientificidade’” (e segue).
O modelo fez exatamente tudo isso que
ele negou.
Se não houvesse um modelo, como a
humanidade se reuniria para nascer do ovo-cósmico que é a Terra? As forças
internas seriam de auto-consumo e as frações se devorariam entre si.
Vitória, quarta-feira, 19 de julho de
2006.
ALAN
CHALMERS
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História ou Ciência?
Artigo - Eduardo Dorneles Barcelos - assessor da
presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB) e pesquisador associado do
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O que é
história da ciência?
A aparente banalidade da pergunta esconde um debate acadêmico que envolve os praticantes desta área do conhecimento ainda pouco explorada e conhecida em nosso País. Revista Cenciaonline/março/maio/2002 |
A questão do método Universal
Cristina G. Machado de Oliveira
O conhecimento científico é uma conquista
relativamente recente da humanidade. A revolução científica do século XVII
marca a autonomia da ciência, a partir do momento que ela busca seu próprio
método desligado da reflexão filosófica.
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