Lagoas
e Morros na Era da Formação
Desde quando, nesta nova série, venho
tentando visualizar o que chamei de Era da Formação (por exemplo, a FAS Formação
da América do Sul), sempre lembro que tudo estava se montando ao mesmo tempo,
coetaneamente, concomitantemente. Ela um mundo coalhado de planaltos, arcos,
grandes canais salgados, depois brejos, lagoas e lagos – nada parecido com o
que conhecemos hoje. Só para começar eram milhões de lagos em todos os atuais
continentes, em vários processos de diminuição de área e profundidade,
assoreamento, depósitos de restos e esqueletos, era de um dinamismo
desconhecido em nosso mundo atual.
Enorme placidez.
A era mais pacífica que houve na Terra.
Como os psicólogos em suas áreas ratearam em
excesso e nos mostraram cenários incompletos e insatisfatórios, também geólogos
e paleontólogos foram muito insuficientes, demais até.
Veja em sua mente a superfície planetária
coalhada de lagoas, lagos, pântanos, pauis, morros baixos, istmos, arquipélagos
– de modo nenhum existiam áreas contínuas como as vemos em nosso século. De
modo nenhum! Nunca! O planeta era uma brotação de vida sem tamanho, sem
paralelo em nenhuma outra era para frente ou para trás.
Prosaico, roceiro.
Não havia nada disso de carniceiros
perseguindo suas presas em desabaladas carreiras, derrapando aqui e acolá, isso
é invenção dos paleontólogos para vender o peixe deles e conseguir mais verbas.
O que havia, isso sim, era profusão de vida, multiplicação ilimitada,
quantidades indizíveis de voadores, de nadadores, de andadores – a começar por
haver muito mais oxigênio, com isso mais vegetais, mais herbívoros, mais
carnívoros, que não tinham razão nenhuma para ser furiosos, não faz sentido.
Tudo isso precisa ser revisto.
Vitória, sábado, 10 de fevereiro de 2018.
GAVA.
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