domingo, 25 de fevereiro de 2018


Silas na Boa Prisão Enquanto Yuki Procura um Macho

 

Repetidamente tenho estudado Silas, o cachorro labrador de Gabriel, e Yuki, a gata persa de Clara.

Contido nas margens do apartamento pequeno, com algumas saídas semanais (nem todo dia), ele exerce sua “cachorrice”: late, rosna, morde, defeca e urina por toda parte, rói os móveis, estraçalha os papéis tentando em tudo agradar e mostrar serviço.

A PRISÃO DE SILAS (é planta qualquer da Internet de apartamento de três quartos)


Recebe boa comida (R$ 110 por mês), vacinas, suas sujeiras são limpas, recebe afagos e apertões, é servido com brincadeiras e passeios e paga em companheirismo. Não há ninguém por ele no mundo, nem sequer sua raça; se fosse solto na cidade o maltratariam ou sofreria coisa pior.

Yuki é pressionada pela Natureza a procriar, a encher o mundo de gatinhos que tentarão levar seus genes 50/50 adiante. De mês em mês, não conheço bem o mecanismo, ela fica no cio; ou de três em três meses, não sei, parece que varia. Fica ronronando pela casa num desespero de dar dó, pois é complicado receber mais gatinhos num lugar pequeno e com o cachorrão em crescimento presente podendo machucá-los.

YUKI PROCURAR PAR

Gato (o sonho de Yuki): é qualquer, pois não existe isso de afinidade psicológica.
Gata no cio: vai com o primeiro que aparecer, não tem muita escolha (mas ela fica longe).

Há uma curiosidade: o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) diz que os gatos são extensões da alma da mulher-mãe, servindo para muitas tarefas, como já ficou posto. Se for assim, pode ser que tivessem outras utilidades as fêmeas, as gatas, por exemplo, da achar o macho humano que estivesse “mais a fim”, quer dizer, com maior tensão ou tesão resguardada. Ou o macho alfa não-aparente ou qualquer coisa assim. Seria preciso estudar. Pois a Yuki não se sente vexada de ficar encostando-se a machos de outras espécies, Gabriel, eu ou o Silas. É muito curioso.

Vitória, segunda-feira, 17 de julho de 2006.

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