Ciensofia
Eis o que diz Alan Chalmers em seu
livro A Fabricação da Ciência, 1ª
reimpressão, São Paulo, UNESP, 1994, pp. 40/1:
“David Armstrong (1973) estabelece uma
versão especialmente clara das tentativas de filósofos analíticos modernos de
proporcionar uma caracterização geral do conhecimento como algo justificado,
verdadeira crença ou coisa do gênero.
“Não seguirei nenhuma abordagem geral
desse tipo em minha tentativa de caracterizar a meta da ciência. Como já
mostrei na discussão dos capítulos anteriores, não acredito que os filósofos
disponham de recursos que lhes permitam formular uma explicação geral do
conhecimento e suas metas, sem um exame detalhado de alguns exemplos reais do
que é considerado conhecimento. Feito isso, creio que se torna bastante clara a
existência dessa diversidade de tipos de conhecimento e que o esforço de
encontrar uma caracterização do conhecimento que apreenda os aspectos
distintivos de todos eles não está destinado a obter resultado”, tipos maiores
meus.
Como já disse, foi exatamente o que
fiz no modelo.
CARACTERIZAÇÃO
DO CONHECIMENTO QUE APREENDEU OS ASPECTOS DISTINTIVOS (E COMUNS) DE TODOS ELES
Magia-Arte
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Teologia-Religião
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Matemática
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Filosofia-Ideologia
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Ciência-Técnica
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A
PONTESCADA CIENTÍFICA
(que todos os tipos de conhecimento devem replicar, cada qual ao seu modo, pois
ela é única e geral)
ASCENSÃO
OU ELEVAÇÃO ESCATOLÓGICA
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6. Dialógica-p.6.
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5. Cosmologia-p.5;
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4. Informática-p.4;
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3. Psicologia-p.3;
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2. Biologia-p.2 (segunda ponte);
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1. Física-Química (começando no Big
Bang, Grande Explosão ou Barulhão);
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Não só isso: nessa altura do avanço
para o topo escatológico podemos perfeita e legitimamente falar de
FILOSOFIA-CIENTÍFICA (filo-ciência, agora que passaram as mágoas de ambos os
lados e todos aceitam todos e cada um) e de CIÊNCIA-FILOSÓFICA (ciensofia, a
ciência destinando-se às grandes e completas explicações), pois os elementos
(pessoas e ambientes) estão maduros.
Trata-se do contrário (que grande
emoção!) do que diz Chalmers, o que é muito auspicioso, vamos e venhamos. Não
fosse assim tudo seria mais um anúncio frustrante de fim, como fizeram em 1890
com a Física, como fizeram depois da dupla hélice e antes do genoma com a
Biologia. É ridícula essa postura dele.
Vitória, terça-feira, 01 de agosto de
2006.
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