segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018


Ciensofia

 

Eis o que diz Alan Chalmers em seu livro A Fabricação da Ciência, 1ª reimpressão, São Paulo, UNESP, 1994, pp. 40/1:

“David Armstrong (1973) estabelece uma versão especialmente clara das tentativas de filósofos analíticos modernos de proporcionar uma caracterização geral do conhecimento como algo justificado, verdadeira crença ou coisa do gênero.

“Não seguirei nenhuma abordagem geral desse tipo em minha tentativa de caracterizar a meta da ciência. Como já mostrei na discussão dos capítulos anteriores, não acredito que os filósofos disponham de recursos que lhes permitam formular uma explicação geral do conhecimento e suas metas, sem um exame detalhado de alguns exemplos reais do que é considerado conhecimento. Feito isso, creio que se torna bastante clara a existência dessa diversidade de tipos de conhecimento e que o esforço de encontrar uma caracterização do conhecimento que apreenda os aspectos distintivos de todos eles não está destinado a obter resultado”, tipos maiores meus.

Como já disse, foi exatamente o que fiz no modelo.

CARACTERIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUE APREENDEU OS ASPECTOS DISTINTIVOS (E COMUNS) DE TODOS ELES

Magia-Arte
 
Teologia-Religião
 
Matemática
 
Filosofia-Ideologia
 
Ciência-Técnica

A PONTESCADA CIENTÍFICA (que todos os tipos de conhecimento devem replicar, cada qual ao seu modo, pois ela é única e geral)

ASCENSÃO OU ELEVAÇÃO ESCATOLÓGICA
6. Dialógica-p.6.
5. Cosmologia-p.5;
4. Informática-p.4;
3. Psicologia-p.3;
2. Biologia-p.2 (segunda ponte);
1. Física-Química (começando no Big Bang, Grande Explosão ou Barulhão);

Não só isso: nessa altura do avanço para o topo escatológico podemos perfeita e legitimamente falar de FILOSOFIA-CIENTÍFICA (filo-ciência, agora que passaram as mágoas de ambos os lados e todos aceitam todos e cada um) e de CIÊNCIA-FILOSÓFICA (ciensofia, a ciência destinando-se às grandes e completas explicações), pois os elementos (pessoas e ambientes) estão maduros.

Trata-se do contrário (que grande emoção!) do que diz Chalmers, o que é muito auspicioso, vamos e venhamos. Não fosse assim tudo seria mais um anúncio frustrante de fim, como fizeram em 1890 com a Física, como fizeram depois da dupla hélice e antes do genoma com a Biologia. É ridícula essa postura dele.

Vitória, terça-feira, 01 de agosto de 2006.

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