sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018


O Cone da Natureza

 

Em Matrix os casulos estão inseridos em torres e o enredo diz que é extraída “energia” mantenedora da matriz. Dificilmente haveria qualquer “energia psicológica” necessária ou qualquer poder de processamento mental que tais programáquinas muito avançados do futuro não pudessem imitar e melhorar exponencialmente.

O CONE


Entrementes, podemos pensar que os seres humanos sejam cártulas ou cartuchos psicológicos, isto é, jogos-papéis que se inserem ou desejam se inserir em alvéolos como abelhas em suas cavidades, todas operando em conjunto e isoladamente a colméia. Cada qual deseja ardentemente se colocar em seu casulo e ser participante daquilo que sonhou para si e para os outros, controlando e sendo controlado pelos demais, batalhando segundo aquilo que denominei desejânsia (desejo-ânsia, desejo ansioso ou inquieto) por cada vez mais emoções e produtos do SER e do TER. Aquele desespero, como num inferno de atos e projeções de atos. Conspirações dentro de conspirações, violências dentro de violências, uma aflição eterna da parte e do conjunto.

Pela Rede Cognata podemos fazer cone da Natureza = CONE DE MUDANÇAS = EVOLUÇÃO DE MUDANÇAS e segue. De fato, as mudanças são intensas, muito rápidas, e cada qual deseja ser “o cara” perante seu grupo de referência, como amigos e parentes, especialmente pai e mãe, e seus ambientes. Os níveis, nós já sabemos, são: 1 – povo, 2 – lideranças, 3 – profissionais, 4 – pesquisadores, 5 – estadistas, 6 – santos/sábios, 7 – iluminados. O povo aspira em puro desespero alçar-se a “níveis maiores”, enquanto os iluminados na outra ponta olham tudo como orgulho, tolice humana.

E lá vão aqueles bilhões construindo eterna e laboriosamente o cone, sem saber para quem nem para quê. O cone se move sozinho, em seu ritmo próprio e ignoto, e lá vão as abelhinhas acompanhando-o, cada qual achando que faz o máximo de diferença.

Neste sentido é válida a imagem de Matrix, embora exagerada, pois há o outro lado.

Vitória, sexta-feira, 26 de maio de 2006.

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