sábado, 3 de fevereiro de 2018


O Remorso Europeu e a Realidade do Mundo

 

Nas páginas 70/71 de seu livro A Cabeça Bem-Feita, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2004 Edgar Morin diz: “A partir daí, pode-se acompanhar o desenvolvimento de uma cultura científica, técnica, ideológica, na qual emergiu uma concepção humanística e emancipadora do ser humano, em contradição, aliás, com a terrível opressão dominadora que a Europa impõe ao resto do mundo”, negrito e itálico meus.

De fato, o domínio europeu foi terrível.

Agora, olhando o mundo:

1)             Os europeus nem de longe fizeram tanto mal quanto qualquer dos outros dominantes (NEM DE LONGE);

2)            Os europeus fizeram mais o bem que o conjunto de todos os outros dominantes (inclusive romanos e gregos).

Seria preciso fazer uma lista desapaixonada das atrocidades cometidas pelos demais dominantes (egípcios, persas, chineses, hindus, maias e astecas, incas, romanos, grego-macedônios, fenícios e os demais) para comparar corretamente.

Por quê os europeus fizeram menos e mais que os outros?

Fizeram o bem porque Cristo assim construiu nos mil anos de duração da Idade Média, como já mostrei. Fizeram mais o mal naquilo em que não se cristianizaram o suficiente ou o fizeram tardiamente.

DUAS COLUNAS EUROPÉIAS (a contabilidade da Europa)


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Já castiguei os europeus pelo que eles fizeram de mal.

Os europeus são exigentes consigo mesmos e fazem autocrítica. Nenhum povo faz isso, nenhum mesmo, pode percorrer a geo-história do começo ao final. Os povos se auto justificam. Eles adotam sua continuidade como sacrossanta, sem jamais fazerem autocrítica. Você não vê nenhum chinês criticando a China, exceto, muito modestamente, os cristianizados de Hong Kong.

A realidade do mundo é outra. Não que os europeus devam justificar sua própria carga de danos causados, só não devem exceder-se nisso.

Vitória, terça-feira, 16 de maio de 2006.

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