Entre
Duas Superquedas 2,5 Mil Tiros
Já vimos que os tecnocientistas determinaram
um relógio de oito horas para as superquedas de flechas na Terra, de 26 em 26
milhões de anos; estamos justamente no meio da janela. Como imaginamos que comparativamente
com a Lua aconteceram 400 mil quedas em nosso planeta, isso dá umas 2,5 mil no
intervalo: para uma SG digamos 10 grandes, 100 médias, 1.000 pequenas (é chute,
é preciso pesquisar no campo). Cai a SG que revoluciona tudo, mas não fica
parado até a próxima SG 26 milhões de anos depois: 10 das grandes do intervalo podem
causar muitos estragos.
A SG traz volume de energia inconcebível, a
Terra vira bola de fogo por milhões de anos, essa grande e admirável Vida
(arquea, fungos, plantas, animais e, quando já havia desde 100 milhões de anos,
primatas) peleja bravamente até reconquistar cada cantinho do planeta. Fora
esse evento principal, há os outros. Um dos grandes não era nada assim
corriqueiro, trivial, banal, ordinário – a destrutividade era imensa. Pense que
teriam caído 10, um a cada 2,6 milhões de anos. E nem bem o planeta estava se
recuperando lá vinha outro bagunçar a coisa toda e assim sucessivamente.
Consideremos os médios, chutei 100, teria
caído uma flecha média a cada 260 mil anos, o que é menos que o tempo dos
neandertais, quer dizer, mais provavelmente nossos parentes viram um.
Contemos depois os pequenos, supostamente mil,
um a cada 26 mil anos. Pequeno para a Terra, porque para nós seria o próprio
pavor, se caísse um hoje não sobraria nenhum ser humano, nem nossas construções;
ou talvez alguns entocados nos poços profundos de sobrevivência. Quanto mais
penso mais me convenço de que estaríamos condenados, quase todos e cada um,
talvez sobrasse um em cada milhão, menos de oito mil.
Os geólogos dormiram no ponto, perderam o
bonde, assim com os psicólogos, paleontólogos, antropólogos, arqueólogos e
geo-historiadores (lembre-se de Sodoma e Gomorra, onde deve ter sido um só ou
dois fragmentos, eram vilarejos próximos; e outras memórias geo-históricas).
Sono profundo.
Com todas aquelas seis mil universidades,
milhões de livros, supercomputadores, centenas de milhares de pesquisadores, verbas
sem fim e não viram: que lástima.
Vitória, segunda-feira, 12 de fevereiro de
2018.
GAVA.
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