Construções
Abandonadas
Falei várias vezes de quando, mais à frente,
será preciso desconstruir todas as obras horríveis que denotam o desprezo que
nós humanos votamos uns aos outros nas favelas, palafitas, bairros de lata e
papelão, todas aquelas coisas imundas e anti-humanas que, olhando para trás,
deploraremos até o vômito.
BARCOS AFUNDADOS PARA
SERVIR DE HABITAÇÃO AOS PEIXES (em vez de desmontá-los, o que teria um
custo, diminuído pelo aproveitamento das partes, simplesmente deixam-nos cair
no fundo do mar e a vida os recoloniza)
A população terá de diminuir dos 7,5 bilhões
que temos, projetados para 10 bilhões, até no máximo três ou dois bilhões
replanejados. E o que sobrar de prédios, a que será destinado? Primeiro pensei
em derrubar tudo, aproveitar o material para construir tijolos e novos vidros,
ou aterramentos ou qualquer solução pensada – não sei quantas décadas à frente,
nem sei se sobreviveremos a essa guerra desastrosa mais adiante.
Derrubar será mais complicado que levantar as
obras, porque o cuidado terá de ser maior, levando em conta os novos
ecossistemas a construir.
Muito cuidado, muito amor, muita devoção.
Vitória, sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018.
GAVA.

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