sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018


Como Ousa?

 

Certa vez em Pedro Canário no posto fiscal Amarílio Lunz do Espírito Santo na divisa com a Bahia, o chefe de la´, A, disse a mim, “você é muito ousado”, me ameaçando, é claro, na região se tinham como matadores – ele era corcunda, um metro e meio, sujeito ruim, entregador, perseguidor dos colegas, babador dos chefes. Vindo de Vitória, 270 km, chegávamos às nove, enquanto ele, mesmo morando a 16 km chegava às 11, esse tipo de gente. Então lhe disse, “A, se você tivesse crescido um pouco mais quase teria sido gente”.

Um crápula total.

Tudo isso para perguntar: como as pessoas ousam?

Sendo o mundo 50/50 de opostos-complementares, de pronto 50 % são acomodados; dos que avançam, 5 % ou 1/40 ou 2,5 % de todos são pessoas que se projetam, não se acovardam. É claro que os 50 % inertes, ou mesmo covardes, os que recuam também prestam serviço, mas há esses que se atrevem e levam a humanidade adiante. Não são propriamente valentes, essa seria outra discussão, podem ser até pessoas distraídas, sua firmeza natural levanto-as avante.

Mais uma vez os psicólogos não investigaram.

PESSOAMBIENTES ARROJADOS

AMBIENTES OUSADOS.
Mundos.
Nações.
Estados.
Municípios-cidades.
PESSOAS OUSADAS.
Empresas.
Grupos.
Famílias.
Indivíduos.

MUSICANDO A OUSADIA

Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida ... Frase de Bertolt Brecht.
Sueño Con Serpientes
 
Hay hombres que luchan un día
Y son buenos.
Hay otros que luchan un año
Y son mejores.
Hay quienes luchan muchos años
Y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida:
Esos son los imprescindibles.
Bertolt Brecht

Por que as pessoas saem de sua ousadia e se precipitam contra o perigo? Há que perguntar isso com urgência, pois é capital de sobrevivência e dependemos dessa gente para avançar e não sucumbir aos perigos e insolências da existência. Naturalmente que o monte de covardes, os vagões da humanidade impõem trabalho em dobro às locomotivas, como venho colocando insistentemente.

A letargia dos covardes, a imensidade e intensidade de suas justificativas em nome do prazer próprio trouxe o Brasil ao ponto em que estamos; e estaríamos piores não fosse a Lava Jato. Devemos agradecer a eles e não aos baba-ovos, aos aderentes, aos medrosos.

Vitória, sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018.

GAVA.

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