A Necessidade de
Supremacia da Zigofredo
Zigofredo é um-qualquer.
Zigofredo é inventado.
Esse Zigofredo serve para nos
representar a todos e cada um.
Zigofredo isolado seria um em 6,3
bilhões. SE cada um em pé ocupasse 57,7 cm x 57,7 cm (para dar 1/3 de metro
quadrado, aproximadamente 0,333 m2; três pessoas num m2),
o conjunto da humanidade caberia em 2,1 bilhões de m2; dividindo por
um milhão de metros quadrados, que cabem em 1,0 km2: 2.100 km2
para caber todo mundo. Nem com visão muito especial Zigofredo seria notado em
área do tamanho de um município.
Mesmo se contasse a família dele seria
difícil ver. Nem o grupo apareceria. A empresa dele seria somente uma em 250
milhões, quem veria? Se fosse uma das gigantes como a GM Zigofredo seria um de
500 mil funcionários. É difícil aparecer num mundo como esse. De fato, mesmo os
mecanismos necessários-e-suficientes de projeção de astros de tempos em tempos
têm como principais defeitos o tempo e o aparecimento do novo que sujeita a
memória ao desaparecimento: artistas da crista da onda são em apenas uma
geração esquecidos.
Zigofredo quer aparecer, se mostrar.
Por pouco Zigofredo não segue o conselho popular e pendura uma melancia na
orelha. Zigofredo coloca piercing ou pinta a pele indelevelmente com tatuagem
ou corta o cabelo à fox ou usa umas roupas esquisitas ou de qualquer modo se
projeta “mamãe tô aqui”. Cria blogs para mostrar sua vida de público, Zigofredo
faz misérias. Zigofredo escandaliza, faz de tudo no sentido de “se aparecer”,
como diz o povo.
UM
ZIGOFREDO NORDESTINO
|
Acredite, seria muito interessante
fazer uma pesquisa universal dos Zigofredos e suas iniciativas de projeção e de
supremacia, não apenas estar em evidência, como estar acima de todos e cada um.
É o rei-dículo.
Vitória, sexta-feira, 02 de junho de
2006.
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