segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018


A Diversão num Instante

 

Num dia de sábado 27.06.2006 fomos ao Shopping Norte Sul em Jardim Camburi, Vitória, assistir três filmes (eram seis salas, só não tínhamos tempo para tudo):

1.       Missão Impossível III, com Tom Cruise;

2.       Código da Vinci, com Tom Hanks;

3.      X-Men III, com vários.

Sempre me fascinou a quantidade crescente de coisas que está sendo a cada instante preparada e oferecida.

PREPARAÇÃO NAS TECNARTES

·       Preparação para a visão: poesia, prosa (livros de romances, de ficção científica, de fantasia e outros), dança, moda, fotografia, desenho, pintura, etc.;

·       Preparação para a audição: música, discursos, etc.;

·       Preparação para o paladar: temperos, pastas, comidas, bebidas, etc.;

·       Preparação para o olfato: perfumaria, etc.;

·       Preparação para o tato: teatro, cinema, arquiengenharia, paisagismo-jardinagem, tapeçaria, urbanismo, decoração, esculturação, etc.

A cada instante alguém no mundo está preparando qualquer diversão, que flui para nós através dos meios ou mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Rádio, Internet, salas de apresentação, etc.). “Basta ter dinheiro”, o que é complicado, para participar do fluxo tremendo de diversão. “Pão e circo” foi muito aprimorado desde os romanos, mas há nisso autêntico prazer, sem qualquer comprometimento da vontade perante os poderosos. De Bollywood na Índia podem vir 800 filmes por ano, de Hollywood na Califórnia-EUA não se sabe quantos, sem contar Europa, Japão, China, Brasil e outros menores. Uma infinidade vazando na TV fechada e na TV aberta, agora através de celulares, em cineclubes, na rede comercial, seja onde for.

Uma infinidade!

Mais do que qualquer um pode pretender assistir, mesmo esforçando-se. Não é como nos tempos passados, quando se devia esperar. Agora é a produção de 6,4 bilhões de pessoas (a que são somadas de 60 a 100 milhões novos todos os anos) vazando ininterruptamente.

Ninguém fez uma avaliação sequer parcial de quantas centenas de milhões de livros são editadas todo ano; de quantas peças de teatro são lançadas; de quantos quadros são expostos; de tudo que é oferecido continuamente às consciências. Em particular seria interessante avaliar a quantidade de livros, de revistas, de jornais do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) que é impressa a cada dia (não mais num ano), com registro anual de fluxo.

O mundo mudou.

A quantidade de alimento mental é agora inconcebível.
Vitória, segunda-feira, 29 de maio de 2006.

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