De
Taxi
Desintaxicando.
A gente vê táxis novíssimos nas ruas, mesmos
sabendo que os motoristas por si mesmos, em termos de renda familiar, não
teriam condições de adquirir automóveis de 60, 70, 80 mil.
VAMOS COLOCAR 50 MIL
PARA DAR CONTAS COM ZEROS (renúncia fiscal não-autorizada em
plebiscito – se fosse realizado referendo eles fariam tanta propaganda que
enganariam o povo)
Folha
do Motorista
Para
a compra do veículo 0 km o taxista possui descontos em impostos. Somando a
isenção de 12% do ICMS e 18% do IPI, chega-se a um desconto total de 30%. O percentual
de desconto pode variar de acordo com o modelo do automóvel escolhido, e é
válido apenas se a compra for realizada diretamente nas concessionárias.
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IMPOSTO
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PERCENTUAL
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EM 50 MIL
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IPI
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18 %
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9,0
|
ICMS
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12 % (no ES são 17 %)
|
6,0
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IPTU
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2 % (em alguns estados são 4 %)
|
1,0
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IOF
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TOTAL
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32
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16,0
|
O seguro, que é de 5 %/ano, eles não podem
pleitear, é particular.
O povo paga a mais esses 16,0 e do outro lado
os taxistas não pagam, para prover serviço excelente (trocam de carro todo ano,
estão sempre novos – como a depreciação é de 15 % ou 7,5 mil em 50,0 mil, 32 %
de 7,5 mil = 2,4 mil por ano de custo adicional vezes VÁRIAS DEZENAS DE
MILHARES DE CARROS NO BRASIL; a cidade de são Paulo, 11 % do PIB brasileiro e
35 % do PIB paulista, tem 34 mil táxis, se for proporcional o país terá mais de
300 mil) aos poucos que podem pagar. Os táxis não podem furar pneu, nem dar pane
no motor, nem atrasar as viagens dos poderosos. Enquanto isso os demais
brasileiros pagam para os poucos usufruírem.
A quem os táxis beneficiam?
Aos miseráveis e pobres não é. Os médios não
pegam constantemente, só muito raramente filhos quando vão “às baladas”. Os
beneficiados seriam os médio-altos e ricos, mas estes têm VÁRIOS carros,
inclusive para os filhos (só pegam se saírem para beber). É mais para os
políticos do Legislativo, governantes do Executivo e juízes do Judiciário
(quando não estão usando os muitos e luxuosos carros oficiais às nossas custas)
e familiares, principalmente os de Brasília com aquelas enormíssimas explanadas
que não dá para atravessar a pé.
E os empresários, claro.
Enfim, a patotinha.
E todos pagamos, embora a constituição diga
que “todos são iguais perante a lei” – na porca fazenda brasileira uns são,
como sempre, mais iguais que outros, os “de baixo”.
Vitória, domingo, 26 de junho de 2016.
GAVA.
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