terça-feira, 26 de julho de 2016


A Coisa de Coisar ou o Negócio de Negoçar

 

Minha mãe tinha poucos verbos, não sabia conjugar, nem usar os tempos verbais, era mãe pé-duro, prática, não teórica, a natureza dela era do trabalho de sustentação do meu pai, dos quatro “filhos homens” (morreu uma menininha lá por 1944), da casa. Não tinha tratos sociais, era direta e sem tergiversação no amar os seus, não aprendeu as tecnartes evoluídas contemporâneas de rodear o assunto – ia direto, por vezes muito direto.

Eu amava aquela mãe e amo ainda, e amo ainda.

Se havia insinuação de que era analfabeta ela dizia com firmeza ter chegado ao antigo quinto ano, lia jornal todo dia, mas nunca a vi ler um livro, porisso não tinha adquirido os controles sociais em sua mente tão livre quanto é possível a um citadino do interior do ES, interior do Brasil, interior do mundo.

Era mãe “em bruto”, grande diamante sem burilamento.

Na falta dos verbos, dos adjetivos, dos substantivos ela se virava como podia, dizia “coisa de coisar” ou “negócio de negoçar”. Entendíamos perfeitamente e pela vida toda usei o mesmo artifício, inclusive com meus filhos, daí contava a história, de modo a terem chance de amar o avô que não conheceram e a avó, com que conviveram, a Clara teve (de 1984 a 2003) 19 anos de contatos, e Gabriel de 1986 à mesma data de falecimento, 17 anos, eu tive 49 anos com ela, 24 anos com ele, durante os quais prestei MUITA atenção a ambos, com as brigas e tudo, e aproveitei ao máximo.

A quantos é dado ter um e uma assim? E tão carne viva, psicologia viva, fonte direta sem escovações do coletivo? Sem polimentos idiotas! Sem recusas. Direto da alma, sem passar por filtros?

Ah, olhei mesmo, quase despudoradamente, olhava pelos cantos dos olhos para não ofender.

Se queria o liquidificador e não lembrava o nome, não se martirizava, não se acabrunhava, dizia “a coisa de coisar”, o triturador de liquefazer.

Nós entendíamos e atendíamos perfeitamente.

Ah, as pessoas não sabem olhar a vida, prestar atenção.

Vitória, quarta-feira, 13 de julho de 2016.

GAVA.

 

Ó TEMPOS, Ó MAIORAIS (a pureza é difícil de atingir em tudo)

Só Português
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja:
1. Tempos do Indicativo
Presente - Expressa um fato atual.
Por exemplo:
Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.
Por exemplo:
Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo:
Ele estudou as lições ontem à noite.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
Por exemplo:
Tenho estudado muito para os exames.
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Por exemplo:
Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (Forma composta)
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (Forma simples)
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo:
Ele estudará as lições amanhã.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.
Por exemplo:
Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado.
Por exemplo:
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado.
Por exemplo:
Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.

CONJUG/AÇÃO DOS VERBOS (com-jugo: uma das grandes tarefas da psicologia-p.3 é o domínio pleno da língua)

Conjugação.com.br
Verbo conjugar
Gerúndio: conjugando
Particípio passado: conjugado
Infinitivo: conjugar
Morfologia: verbo regular
Semântica: verbo transitivo e reflexivo
Separação silábica: con-ju-gar
Indicativo
Presente eu conjugo
tu
conjugas
ele
conjuga
nós
conjugamos
vós
conjugais
eles
conjugam
Pretérito Imperfeito eu conjugava
tu
conjugavas
ele
conjugava
nós
conjugávamos
vós
conjugáveis
eles
conjugavam
Pretérito Perfeito eu conjuguei
tu
conjugaste
ele
conjugou
nós
conjugamos
vós
conjugastes
eles
conjugaram
Pretérito Mais-que-perfeito eu conjugara
tu
conjugaras
ele
conjugara
nós
conjugáramos
vós
conjugáreis
eles
conjugaram
Futuro do Presente eu conjugarei
tu
conjugarás
ele
conjugará
nós
conjugaremos
vós
conjugareis
eles
conjugarão
Futuro do Pretérito eu conjugaria
tu
conjugarias
ele
conjugaria
nós
conjugaríamos
vós
conjugaríeis
eles
conjugariam
Subjuntivo
Presente que eu conjugue
que tu
conjugues
que ele
conjugue
que nós
conjuguemos
que vós
conjugueis
que eles
conjuguem
Pretérito Imperfeito se eu conjugasse
se tu
conjugasses
se ele
conjugasse
se nós
conjugássemos
se vós
conjugásseis
se eles
conjugassem
Futuro quando eu conjugar
quando tu
conjugares
quando ele
conjugar
quando nós
conjugarmos
quando vós
conjugardes
quando eles
conjugarem
Imperativo
Imperativo Afirmativo --
conjuga tu
conjugue ele
conjuguemos nós
conjugai vós
conjuguem eles
Imperativo Negativo --
não
conjugues tu
não
conjugue ele
não
conjuguemos nós
não
conjugueis vós
não
conjuguem eles
Infinitivo
Infinitivo Pessoal por conjugar eu
por
conjugares tu
por
conjugar ele
por
conjugarmos nós
por
conjugardes vós
por
conjugarem eles

Nenhum comentário:

Postar um comentário