quinta-feira, 28 de julho de 2016


Haja Deus!

 

Assim como é impróprio chamar de Sumo Pontífice (esse é Deus, o único que pode tem em si as pontes, a Natureza só as reproduz enquanto construtora segundo o molde de possíveis – neste caso é pontífice, construtor de pontes; o Grande Pontífice é Deus) ao Papa, é impróprio dizer Haja Deus!, pois Deus sempre há, nunca deixa de haver, nunca deixa de ser o que É, que sempre foi, que é agoraqui e que sempre será.

HAJA DEUS! (As pessoas continuam falando, no sentido de “socorra-nos Deus” – mesmo assim é inadequado) – haja é imperativo, impõe, manda, como em Fiat Lux, faça-se a luz. Só Deus pode falar assim.

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NATURALMENTE VEMOS QUE É ASSIM

Deus das potências em cima.
É O Desejo, O Oculto quem manda no pedaço.
Fosso intransponível.
Natureza criadora-evolutiva, faz erradamente a partir dos moldes – está em baixo e por baixo.
É o lugar das vontades, dos quereres queremistas, dos arbítrios sempre formuladores dos erros e dos acasos no sistema de causefeitos.

O de baixo não manda no de cima.

Os racionais não podem forçar que haja Deus, seria o finito construindo o não-finito: é preciso que o não-finito exista antes, para o finito se fazer.

É a ordem das coisas.

Vitória, quinta-feira, 28 de julho de 2016.

GAVA.

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