Haja Deus!
Assim como é impróprio chamar de Sumo
Pontífice (esse é Deus, o único que pode tem em si as pontes, a Natureza só as
reproduz enquanto construtora segundo o molde de possíveis – neste caso é
pontífice, construtor de pontes; o Grande Pontífice é Deus) ao Papa, é
impróprio dizer Haja Deus!, pois Deus sempre há, nunca deixa de haver, nunca
deixa de ser o que É, que sempre foi, que é agoraqui e que sempre será.
HAJA DEUS! (As pessoas
continuam falando, no sentido de “socorra-nos Deus” – mesmo assim é inadequado)
– haja é imperativo, impõe, manda, como em Fiat Lux, faça-se a luz. Só Deus
pode falar assim.
NATURALMENTE
VEMOS QUE É ASSIM
Deus das potências em cima.
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É O Desejo, O Oculto quem manda no pedaço.
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Fosso intransponível.
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Natureza criadora-evolutiva, faz
erradamente a partir dos moldes – está em baixo e por baixo.
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É o lugar das vontades, dos quereres
queremistas, dos arbítrios sempre formuladores dos erros e dos acasos no
sistema de causefeitos.
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O de baixo não manda no de cima.
Os racionais não podem forçar que haja Deus,
seria o finito construindo o não-finito: é preciso que o não-finito exista antes,
para o finito se fazer.
É a ordem das coisas.
Vitória, quinta-feira, 28 de julho de 2016.
GAVA.
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