De
Onde Vem os Revolucionários?
PROCURANDO OS
REVOLTADOS-MANIFESTANTES NA CURVA DO SINO
Miseráveis.
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Pobres.
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Médios.
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Médio-altos.
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Ricos.
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2,5 % e simpatizantes.
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90,0 %
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2,5 % e aduladores.
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Gastando todo o tempo de vida, mal conseguem
se alimentar, quase submergem.
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Podem emergir daqui (alguns príncipes e
ricos), mas raramente sentem desassossego.
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Lazer (ócio da pobreza).
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Ócio (lazer com dignidade).
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Evolucionários.
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Revolucionários.
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Só os médios têm tempo livre para fazer,
educação bastante para saber como vai o mundo e como encaixar as várias peças no
painel, quer dizer, correlacionar. Muitos entram nas faculdades, dos médios
para cima, e aprimoram suas capacidades e competências brutas, primitivas,
afinando-as no apuro coletivo longamente prateorizado, por exemplo, o da arquitetura,
que tem milhares de anos, e o da engenharia mais recente, vinda de 1750 na
Inglaterra.
Inútil buscar nos evolucionários, os
revolucionários surgem daqueles que possuem simultaneamente saber superior para
englobar e teorizar (ou assumir submissamente teorias alheias) e tempo para
praticar, para aglomerar-se em associações e sociedades políticas ou
ideológicas ou de controle – seria interessante fazer a lista livro sobre o
apanhado.
Raramente entre as cinco classes de
trabalhadores (operários, intelectuais, militares, financistas e burocratas)
vai haver classe operária ou militar revolucionária, em geral serão os
intelectuais e financistas, fora burocratas, que terão tempo para pensar-fazer.
E também não entre os miseráveis, pobres e médios inferiores – estes, coitados,
mal conseguem sobreviver.
Vitória, sexta-feira, 29 de julho de 2016.
GAVA.
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