domingo, 31 de julho de 2016


Implacáveis Críticas às Menininhas

 

Quanto mais olho, mais distintamente vejo que a vida nada fácil de antigamente era dificílima, MUITO DIFÍCIL, apavorante mesmo.

1.       Os 10 a 20 % de machos que iam em busca da grande proteína e voltavam derrotados sentiam que podiam morrer, ficavam deprimidíssimos, não só porque as mães-mulheres permaneciam emburradas, negavam sexo e conversação, mas porque, fundamentalmente, o SENTIDO DE FRACASSO é a pior coisa que existe (sendo preferível romper com o sentido de certo e errado e mentir, por exemplo, quando das pescarias - embora peixe grande que foge não encha barriga, pelo menos provoca admiração);

2.       Para as mães-mulheres que ficavam com a proteção e o encaminhamento dos 90 a 80 %, falhar na sustentação e na alimentação, mesmo que pela pequena proteína, era o fim da picada, às vezes literalmente, porque ser recusada pelos machos é pior que morrer (tanto assim que elas esperam ser chamadas, isso de ir atrás é coisa de nossos tempos liberais-excessivos);

3.      As mães valorizavam os garotinhos, as menininhas eram tratadas no chicote e no tapa, não tinham da parte delas a mínima consideração (estavam sendo ensinadas DURAMENTE a não falhar em hipótese nenhuma – coisa ruim que pode acontecer é crítica de outra mulher e, fora isso, mas pior, crítica de homem); os garotinhos tinham boa vida, não faziam “trabalho de mulher”, eram paparicados, já vimos isso;

4.      Quanto às menininhas, comiam escondido com a mão frente à boca (o que, para as mães, é considerado infantilismo, falta de elevação à vida adulta – o cinema é idiota ao mostrar essa pudicícia imatura como valor), fofocavam em voz baixa (pois não tinham VOZ ALTA junto às outras mulheres, nem muito menos junto aos homens, menos ainda em relação à Mãe Geral e ao Macho Alfa – enfim, não tinham direito a falar, não existiam como racionais; quando menstruavam ficavam aterrorizadas, pois eram vistas como concorrentes);

5.      PORTANTO, viviam sob a chibata implacável da idade adulta feminina, inclusive das mulheres inférteis, das férteis e até das avós, as mães-mortas (estas escondiam essa condição até o último momento, quando não dava mais para não saberem; ao passo que os homens mostravam com satisfação);

6.      Vem daí que as menininhas tenham desenvolvido desvio-de-personalidade no sentido de ocultamento, padecendo dessa insegurança por toda a vida, porisso escondendo (obviamente é um meio de tomar dinheiro delas – falo para elas se prevenirem); PRINCIPALMENTE elas jamais aceitarão mostra-lo diante umas das outras.

E assim por diante, quanta psicologia a desenvolver! Quase tudo ainda está por fazer e vai explicar todos esses gestos soturnos dessas pessoas que amamos, essas lindas criaturas que se veem como feias (porisso se enfeitam tanto).

Vitória, quinta-feira, 23 de junho de 2016.

GAVA.

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