Penso, Logo Insisto
Quando Descartes disse Cogito,
ergo sum o “eu” ficou como sujeito oculto, pois a frase completa seria
“eu penso, logo existo”: ego cogito, ergo sum.
A chave, naturalmente, é o eu, porque
antes de pensar há o EU que pensa, o que se identifica: EU penso. Esse EU não
pode ser o pensar nem o raciocinar, porque esse EGO diz: minhas pernas, meus
braços, meu corpo, meu cérebro, minha mente, maus cabelos, meus pensamentos.
Para tudo antes do objeto ou da qualidade há o ENTE, mais recuado que tudo,
pois é identidade primitiva. Então, não seria preciso dizer “eu penso, logo
existo”, porque não é o pensar que dá a qualidade do existir, antes é o ser que
existe; é o ser que se emociona, que imagina, que se imagina. O ser tanto é
esquerda quanto é direita, é os dois lados da Curva do Sino. EU SOU, logo
imagino. EU SOU, logo penso; daí que pensar seja um índice do existir tanto
quanto imaginar o é. TUDO é índice do ser, vem após ele quando ele é.
Assim sendo, esse SER geral origem de
todos os egos é coetâneo ou contemporâneo com a POSSIBILIDADE DE UNIVERSO, ele
já está no não-finito desde a origem, apenas acontece de no evolver das
pirâmides (micropirâmide, mesopirâmide, macropirâmide) ele SE TORNAR de novo à
altura própria dos eventos, quando o primeiro replicador r entre todos os
possíveis ADRNi está montado. Repetindo, quando um replicador está
suficientemente montado o SER começa a ser EU, a vontade-manifesta
representante daquela VONTADE MAJORITÁRIA do não-finito, como a chamei.
Ao ocultar o EU na frase, Descartes
fez parecer que o existir deriva do pensamento, algo de bastante agradável aos
intelectuais, pois lhes dava precedência, subjugando a emoção.
Há algo antes do PENSO e é o EU.
Vitória, sexta-feira, 12 de maio de
2006.
DESCARTES
E AS RESPOSTAS
René Descartes, filósofo e
matemático, nasceu em La Haye, conhecida, desde 1802, por La Haye-Descartes,
na Touraine, cerca de 300 quilômetros a sudoeste de Paris, em 31 de março de
1596, e veio a falecer em Estocolmo, Suécia, a 11 de fevereiro de 1650.
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René
Descartes, nascido em 1596 em La Haye - não a
cidade dos Países-Baixos, mas um povoado da Touraine, numa família nobre - terá o título de senhor de
Perron, pequeno domínio do Poitou, daí o aposto "fidalgo poitevino".
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