sábado, 3 de fevereiro de 2018


Penso, Logo Insisto

 

Quando Descartes disse Cogito, ergo sum o “eu” ficou como sujeito oculto, pois a frase completa seria “eu penso, logo existo”: ego cogito, ergo sum.

A chave, naturalmente, é o eu, porque antes de pensar há o EU que pensa, o que se identifica: EU penso. Esse EU não pode ser o pensar nem o raciocinar, porque esse EGO diz: minhas pernas, meus braços, meu corpo, meu cérebro, minha mente, maus cabelos, meus pensamentos. Para tudo antes do objeto ou da qualidade há o ENTE, mais recuado que tudo, pois é identidade primitiva. Então, não seria preciso dizer “eu penso, logo existo”, porque não é o pensar que dá a qualidade do existir, antes é o ser que existe; é o ser que se emociona, que imagina, que se imagina. O ser tanto é esquerda quanto é direita, é os dois lados da Curva do Sino. EU SOU, logo imagino. EU SOU, logo penso; daí que pensar seja um índice do existir tanto quanto imaginar o é. TUDO é índice do ser, vem após ele quando ele é.

Assim sendo, esse SER geral origem de todos os egos é coetâneo ou contemporâneo com a POSSIBILIDADE DE UNIVERSO, ele já está no não-finito desde a origem, apenas acontece de no evolver das pirâmides (micropirâmide, mesopirâmide, macropirâmide) ele SE TORNAR de novo à altura própria dos eventos, quando o primeiro replicador r entre todos os possíveis ADRNi está montado. Repetindo, quando um replicador está suficientemente montado o SER começa a ser EU, a vontade-manifesta representante daquela VONTADE MAJORITÁRIA do não-finito, como a chamei.

Ao ocultar o EU na frase, Descartes fez parecer que o existir deriva do pensamento, algo de bastante agradável aos intelectuais, pois lhes dava precedência, subjugando a emoção.

Há algo antes do PENSO e é o EU.

Vitória, sexta-feira, 12 de maio de 2006.

 

DESCARTES E AS RESPOSTAS

René Descartes, filósofo e matemático, nasceu em La Haye, conhecida, desde 1802, por La Haye-Descartes, na Touraine, cerca de 300 quilômetros a sudoeste de Paris, em 31 de março de 1596, e veio a falecer em Estocolmo, Suécia, a 11 de fevereiro de 1650.
 
René Descartes, nascido em 1596 em La Haye - não a cidade dos Países-Baixos, mas um povoado da Touraine, numa família nobre - terá o título de senhor de Perron, pequeno domínio do Poitou, daí o aposto "fidalgo poitevino".
 

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