Notícias dos Mundos
nas Praças
Antes as notícias dos mundos
exteriores vinham com décadas e até séculos de diferença. Por exemplo, depois
da Antiguidade as notícias que vieram de fora foram aquelas descobertas de
Galileu sobre Júpiter e quatro de seus desconhecidos satélites através do
telescópio por ele inventado a partir do desenvolvimento holandês das lentes; e
o meio-de-vida dele foi em 1603, há 403 anos.
Depois disso os planetas restantes do
sistema solar e os satélites naturais foram sendo sucessivamente descobertos,
as notícias aparecendo com prazos cada vez mais curtos, até que no século
passado elas passaram a se acumular de mês em mês, de semana em semana e agora
dia após dia. Todos os dias, se desejássemos, poderíamos ter acesso a novidades
que os centros astronômicos dos EUA, da UE (União Européia), do Japão, da
Rússia, da China e até do Brasil colocam à disposição nos jornais científicos,
nas revistas, na Internet, em toda parte mesmo.
REUNINDO
NA PRAÇA
·
Casas
dos planetas conhecidos, mais os transnetunianos (Quaoar, Sedna e outros);
·
Casa
do Sol;
·
Casas
dos satélites;
·
Casa
do Cinturão de Asteróides, do Cinturão de Kuiper, da Nuvem Cometária de Öort;
·
Casa
das estrelas;
·
Casa
dos planetas trans-solares (existem mais de 100 descobertas até agora);
·
Outras
casas em número crescente (até formar um prédio de considerável altura).
Em lugar de ter um observatório só,
teríamos várias casas, cada qual com seu computador e telão, com seu
administrador astrônomo ou astrofísico, com suas máquinas, aparelhos,
instrumentos, programas.
O que a coletividade ganha com isso?
A ampliação do sentido de pertinência
da humanidade é lógico!
Assim como o chamado “tempo profundo”
– recuando dos quatro mil anos do bispo até bilhões de anos – nos convenceu de
que o universo dura muito, a existência desse número sempre maior de objetos
celestes dará às novas gerações amplidão de sua visão-de-universo, do mesmo
modo como a dilatação das fronteiras internas da Terra convenceu as gerações
depois de 1500 de que era possível crescer à vontade.
Vitória, sexta-feira, 19 de maio de
2006.
Objetos transnetunianos
*Por
Renato Las Casas
Publicado em 07/05/2004
No início, pensávamos que a Terra
fosse plana!
Essa foi a concepção do homem comum
até a idade média.
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