O Nosso Amor Fracassado

 

METADE DEU CERTO (por definição da montagem ou Natureza)

Mas houve uma parte do nosso amor geral que fracassou.

Devemos perguntar: quais as causas do amor fracassar?

Da parte que fracassou interessa indagar duas coisas: primeiro, porque metade da metade, que deveria dar automaticamente certo, que teve todas as condições favoráveis (feito assim o Brasil), foi para o brejo? E segundo, como é que metade, com as condições em desfavor fez o supremo esforço para estar do lado certo?

Por quê o Brasil, que não tem neve, nem terremotos, nem tufões que sugam frações grandes da renda anualmente, nem vulcões assustadores, que pode obter duas ou três safras anuais, que tem uma tremenda biodiversidade a explorar, que é plano, que tem grandes rios com energia potencial farta – e mais uma quantidade grande de favores da Natureza ou de Deus – avançou relativamente pouco, mesmo como o favor das nações? Uns começaram muito cedo e perderam-se no caminho. Outros, bem tarde, mas encontraram a rota certa.

É do maior significado nas teorias das previsões ou projeções saber como os conjuntos vão se partir e quais dentre os predestinados farão possivelmente as opções erradas (você sabe, para comprar ações isso é uma mão na roda); ou como aqueles contra os quais está quase tudo conseguem encontrar forças e sabedoria dentro de si para alçar-se além das suas dotações naturais. O conhecimento dialógico da evolução dos conjuntos deve poder reagir a pequenas modificações e faz todo sentido para uma PRATEORIA DAS SENSIBILIDADES responder às condições iniciais de modo amplo.

No final das contas isso é pura matemática. Só que, como disse Clarice Lispector, é alta matemática, matemática psicológica e dialógica do mais alto grau.

Vitória, sábado, 11 de agosto de 2007.

 

RISQUE

Risque Ary Barroso e Isaurinha Garcia   Risque meu nome do seu caderno Pois não suporto o inferno Do nosso amor fracassado Deixe que eu siga novos caminhos Em busca de outros caminhos Matemos nosso passado Mas se algum dia talvez A saudade apertar Não se perturbe, Afogue a saudade nos copos de um bar Creia toda a quimera se esfuma Como a brancura da espuma Que se desmancha na areia.   Contribuição: Isabel e Ivan