domingo, 9 de setembro de 2018


De Novo o Lagoão de Linhares ou Demonstrações Geolabels de Pertinência

 

Surgiu um aproveitamento do Google Earth, o Geolabels.

GEO-RÓTULOS

http://blog.uncovering.org/archives/uploads/2007/2007051400_blog.uncovering.org_mapas_relevo_orografico_Rio_JaneiroPicture3-tm.jpg
http://farm1.static.flickr.com/231/491717814_0e81cdd7d1_o.png

Infelizmente o Geolabels ainda não permite copiar, mas mostra nitidamente a Lagoa Juparanã como um canhão (canyon), garganta sinuosa e profunda.

O LAGOÃO DE LINHARES


E, tal como eu havia intuído 30 anos atrás ao deparar com o areal de Linhares a cobertura florestal de lá tinha menos de 10 mil anos; de fato, sabemos com precisão quanto: o mesmo tempo que a instalação de Jericó há 11 mil anos e o fim da Glaciação de Wisconsin ou Würm, quando as águas subiram 160 metros e deslocaram a linha de costa da direita na plataforma continental para a esquerda, onde se situa hoje, levantando a linha costeira de areia e encerrando dentro a grande lagoa, que não existiu somente ali. A praia ficava - há 15 mil anos - muitos e muitos quilômetros para dentro do mar, estando os índios Cro-magnons e neandertais por lá também, devendo-se pesquisar lá seus restos; mas quando as águas subiram eles se mudaram sucessivamente, como já disse, indo colocar suas urnas funerárias ou sambaquis em Humaitá, na nova foz do Rio Doce dentro do lagoão, 60 km da atual foz. A lagoona compreendia todas as lagoas distintas (como a Juparanã, a Nova e outras bem definidas de agora) quanto as indistintas (que surgiram com o preenchimento por terra) eram parte da maior, hoje desaparecida. As distintas eram canhões nas montanhas de então, 160 m mais altas que as de agora em relação ao nível do mar; eram platôs e quando foi traçada a linha de costa - enchendo-se os baixios - viraram lagoas pelo travamento, os rios da região passando a formar o lagoão, aparecendo sequencialmente as árvores que no conjunto terão cinco mil anos ou menos, sendo este o horizonte do repovoamento pelos índios, em particular os goitacás. A presença deles de 10 mil anos para trás deve ser buscada lá por Rio Bananal ou para cima até Colatina e além, enquanto a deles antes de 12 ou 15 mil anos (as duas levas mais recentes) deve ser procurada dentro do oceano Atlântico.

Vitória, quarta-feira, 05 de setembro de 2007.

José Augusto Gava.

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