As Nobres Elegâncias
do Mundo Caduco
SIDE
BY SIDE
O MUNDO
APARENTEMENTE ELEGANTE DE HOJE
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O POSSÍVEL PLANETA
SIMPLIFICADO E FELIZ DE DAQUI A 160 ANOS
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Caduco
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Renovado
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Este é o que vemos, com suas falsas
belezas, suas afetações, suas demências, sua inquietação e aflição.
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Este será talvez desenhado pela idéia dos
anéis-hexágonos e das colméias, além da liberdade aleatória.
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Nós estamos hoje vendo todos esses produtos
chiques, todos esses supostos deslumbramentos, e em paralelo toda dor, todo
fervor pelos excessos, toda comilança a par da fome, o tédio dos desocupados a
par da angústia dos superocupados.
A sofisticação não pára de crescer, o falso
refinamento não cessa de ser valorizado, a estimulação da superficialidade não
descontinua. A banalidade reina. Superconsumo, superfruição dos sentidos,
superafirmação da beleza e da demandoferta associada.
Nós podemos ver isso, estamos inseridos!
Não é nenhum historiador romântico que conta,
estamos vendo ao vivo mesmo, diretamente colocados no cerne da confusão mental.
E é tanta que as pessoas nem se dão conta de ser! Acham que é avanço, acreditam
estar no melhor dos mundos, como Popper: claro, pois se todos os outros foram
ainda piores.
É preciso ser crítico para bater as
fotografias certas: os africanos enfiados no bojo da miséria não acham as
posições que ferem os olhos, pois acreditam que o mundo não apenas é assim como
até que aquele é o estado natural do mundo. Só o olho crítico consegue extrair
choque daquela realidade corriqueira para eles.
Vitória, terça-feira, 14 de agosto de 2007.
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