Venerável
Ignorância
Ao estar na livraria
no shopping em Vitória me dei conta da minha ignorância diante de todos aqueles
livros novos. Em casa há (acredito, não medi) mais de sete e menos de 10 mil,
contadas enciclopédias e revistas como equivalente, e a maior parte não li,
estive escrevendo 20 anos.
De todos que existem,
pelas regrinhas 50 % não se interessarão, enquanto 50 % sim; destes uma parte
não tem dinheiro ou não tem interesse, enquanto outros pode ser por obrigação
do trabalho.
RETRATOS
DA SÁBIA-IGNORÂNCIA (sabedoria de quem escreveu, ignorância de quem não leu)
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Essa oferta, mesmo
para os que lêem, batalha contra outros divisores:
1.
A
incapacidade de perceber;
2.
Falta
de formação (há os analfabetos completos e os analfabetos quanto à leitura);
3.
O
esquecimento;
4.
As
línguas desconhecidas em que foram impressos os livros;
5.
Falta
de dinheiro para comprar;
6.
Livrarias
distantes;
7.
Muito
mais motivos.
Enfim, somos ignorantes. Todos e cada
um.
Somos poços de ignorância.
Diante de tão grandes ofertas PESSOAIS
(individuais, familiares, grupais, empresariais) e AMBIENTAIS
(urbano-municipais, estaduais, nacionais e mundiais) somos vastamente
ignorantes, barbaramente.
Isso é um choque, nos sentirmos assim
tão pequenos.
Porém, essa ignorância NÃO
INTENCIONAL, daqueles que não sabem, mesmo quando se esforçam muito por saber,
é venerável, é a fome de quem quer comer, não é a fome do pirracento.
É dela que se faz o saber.
Serra, terça-feira, 28 de agosto de
2012.
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