sábado, 18 de agosto de 2018


Escola-Praça ou O Ensinaprendizado em Acordo com a Caverna-Terreirão e a Caça

 

Indo a Barcelona, na Serra, Espírito Santo, pude pela primeira vez em tantas décadas olhar “de fora”, ad-mirar uma escola e nisso elas são todas parecidas: o prédio é o principal e em volta do qual tudo gira, existindo À PARTE um terreiro, seja de barro ou gramado com uma ou mais árvores e às vezes uma quadra e algo mais. Contudo, o prédio das salas sempre é pensado primeiro, pois se trata de doutrinar as crianças para o capitalismo e a serventia.

Claro, sempre vi a Escola geral com grande amor e devoção, porque ali aprendemos e convivemos com nossos amigos e colegas, com os professores e professoras, ali nos divertimos a valer. Essa lembrança não deve desaparecer nem ser parcializada nas discussões que virão.

Porque não havia construção nenhuma nos primórdios a caverna era o ponto mais recuado e o terreirão adiante o mais avançado para quem ficava, quer dizer, as mães-mulheres e os 80 a 90 % de que cuidavam; para os que iam, os pais-filhos com 20 a 10 % de todos o mundo ou exterior amplo se abria, de forma que essa era uma experiência restrita para 50 % e para os demais só eventual, para os garotinhos só depois dos 13 ou 15 anos. O ensinaprendizado ERA COLETIVO, acontecendo em volta do grupal e entregue ao conjunto das mães-mulheres, dos velhos e dos guerreiros aleijados permanentemente ou em processo de recuperação. Só bem mais tarde e para os garotos candidatos a guerreiros o E-A se entregava aos pais.

Então, POR FORMAÇÃO ancestral o ensinaprendizado ela coletivo e entregue às mães-mulheres. E se dava num grande terreiro e nas redondezas. Não havia prédios e salas de aula, que não devem mais ocupar o centro das atenções; agora, com a Internet, o planeta pode ser o terreirão, o grande terreiro. O principal é a abertura para o grande mundo, o grande exterior, as aspirações corporais e mentais, arvores, flores e gramados, lugares para correr e principalmente coisas arredondadas. Deve ser encontrada uma solução satisfatória para a proteção das crianças, desejavelmente sem muros e sem violência do corte linear deles.

A Escola geral deve ser reprogramada:

1)       Ensino pelas mães-mulheres até os 13 ou 15 anos, todos juntos (menininhas e garotinhos);

2)      Ensino pelos pais-filhos depois disso e só para os garotinhos, pois as responsabilidades são distintas.

E, sobretudo, os cenários devem ser belos em toda parte, renaturalizados real e virtualmente.

Vitória, sábado, 23 de junho de 2007.

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