Escola-Praça ou O
Ensinaprendizado em Acordo com a Caverna-Terreirão e a Caça
Indo a Barcelona, na Serra, Espírito Santo,
pude pela primeira vez em tantas décadas olhar “de fora”, ad-mirar uma escola e
nisso elas são todas parecidas: o prédio é o principal e em volta do qual tudo
gira, existindo À PARTE um terreiro, seja de barro ou gramado com uma ou mais
árvores e às vezes uma quadra e algo mais. Contudo, o prédio das salas sempre é
pensado primeiro, pois se trata de doutrinar as crianças para o capitalismo e a
serventia.
Claro, sempre vi a Escola geral com grande
amor e devoção, porque ali aprendemos e convivemos com nossos amigos e colegas,
com os professores e professoras, ali nos divertimos a valer. Essa lembrança
não deve desaparecer nem ser parcializada nas discussões que virão.
Porque não havia construção nenhuma nos
primórdios a caverna era o ponto mais recuado e o terreirão adiante o mais
avançado para quem ficava, quer dizer, as mães-mulheres e os 80 a 90 % de que
cuidavam; para os que iam, os pais-filhos com 20 a 10 % de todos o mundo ou
exterior amplo se abria, de forma que essa era uma experiência restrita para 50
% e para os demais só eventual, para os garotinhos só depois dos 13 ou 15 anos.
O ensinaprendizado ERA COLETIVO, acontecendo em volta do grupal e entregue ao
conjunto das mães-mulheres, dos velhos e dos guerreiros aleijados
permanentemente ou em processo de recuperação. Só bem mais tarde e para os
garotos candidatos a guerreiros o E-A se entregava aos pais.
Então, POR FORMAÇÃO ancestral o
ensinaprendizado ela coletivo e entregue às mães-mulheres. E se dava num grande
terreiro e nas redondezas. Não havia prédios e salas de aula, que não devem
mais ocupar o centro das atenções; agora, com a Internet, o planeta pode ser o
terreirão, o grande terreiro. O principal é a abertura para o grande mundo, o
grande exterior, as aspirações corporais e mentais, arvores, flores e gramados,
lugares para correr e principalmente coisas arredondadas. Deve ser encontrada
uma solução satisfatória para a proteção das crianças, desejavelmente sem muros
e sem violência do corte linear deles.
A Escola geral deve ser reprogramada:
1) Ensino pelas
mães-mulheres até os 13 ou 15 anos, todos juntos (menininhas e garotinhos);
2) Ensino pelos
pais-filhos depois disso e só para os garotinhos, pois as responsabilidades são
distintas.
E, sobretudo, os cenários devem ser belos em
toda parte, renaturalizados real e virtualmente.
Vitória, sábado, 23 de junho de 2007.
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