O Pai de Todos Eles
Para reescrever a
estória de Drácula venho imaginando solução para cada uma das ilações ou
conclusões da lenda, pensando torná-las críveis, quer dizer, aprofundar a
lógica interna para manifestar a dúvida na cabeça das pessoas.
Primeiramente
achei um título - Autobiografia em Vermelho - que coloca “vermelho” remontando a
sangue; biografia para a vida de alguém; e auto para indicar autoria, que seria
não de Drácula, mas quem estava antes dele e o tornou o que ficou sendo na
invenção: no começo muito tempo atrás o vampiro (na Rede Cognata = DEUS =
DEMÔNIO = DOENÇA = VÍRUS = TROÇA = TRAIÇÃO e muitas outras traduções) original,
o criador de todos os outros. Uma solução que um filme menor trilhou foi
colocar Judas como sendo o condenado original, o que o liga a Cristo, sugerindo
que a Santa Ceia teria sido, na partilha do pão (e corpo de Cristo) e do vinho
(e sangue de Jesus) a verdadeira origem, o que em conjunto proporia
blasfemamente uma ligação espúria com Jesus Cristo. Isso eu não queria fazer,
era o caminho mais fácil indicado pela preleção do filme menor. Assim, conduzi
noutra direção, que remete ao futuro e abre nas duas direções: ←)
o passado remoto, até onde fosse; (ф) o presente, com mil desdobramentos; (→
o futuro distante. Um amplo leque se abriria sem o perigo (e a injúria de
ligá-lo a Cristo) implícito do outro.
Isso permitirá
depois do filme piloto (que estaria desenhado em largas linhas) três seriados,
um voltado para o passado, representando tudo que conhecemos e não conhecemos,
a pesquisar; outro para o presente, com toda rede de conseqüência alucinadas e
alucinatórias (dado que é franca ficção, muito livre); mais uma, esta voltada
para o futuro de próximo a longínquo. Todas três abertas para criação contínua
por parte dos coparticipantes.
TRÊS DENTÕES
Passado
|
Presente
|
Futuro
|
Agora estou pronto a prosseguir com o
título duplo: Autobiografia em Vermelho: Eu Sou o Pai de Todos Eles (que
cheira a arrogância).
Vitória, quinta-feira, 12 de maio de
2005.
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