Disparadamente
A música é de
Geraldo Vandré e Théo de Barros e na apresentação devemos colocar um quadro
retratando-a no espaçotempo.
1. “Da
boiada já fui boi”
deve mostrar no meio do conjunto dos trabalhadores UM TRABALHADOR, que irá
prosperar ao aderir aos proprietários para tornar-se um chefe que sobe
meteoricamente, até “chegar em cima”, quer dizer, no topo mesmo;
2. Depois, “mas um dia me montei” é o momento da adesão, da coopção, de quando
ele muda de lado, tornando-se pequeno burguês crédulo das virtudes do
Capitalismo geral;
3. “Por
necessidade do dono de uma boiada”,
o chefe, o patrão, que vence com seus argumentos (a vontade de participação no
seio do proletariado), com o chamamento ao consumo, acenando com o “domínio do
mundo” que foi prometido por satanás a Cristo;
4. “Boiadeiro
muito tempo (...) num sonho que boiadeiro era um rei”: ele de terno,
comendo em finos restaurantes, indo à Riviera, andando de Mercedes, com jóias,
churrascada em casa;
5. “Mas
o mundo foi rodando (...) até que um dia acordei” – como Buda ele vê um doente, um
velho e um morto e então é iluminado, acorda, torna-se o Acordado. Joga fora o
terno, os sapatos, volta a confraternizar com os operários;
6. “Então
não pude seguir (...) gente é diferente”: daí ele se torna revolucionário, libertador, deixando
de ser boi e de ser boiadeiro, capataz condutor de bois, para ser cavaleiro
libertador.
Tudo isso num ritmo cada vez mais
alucinante, girando e girando, depois do aviso logo no começo: “prepare o seu coração” até a afirmação
final “reino que já não tem rei”. Essas
duas frases devem ser mostradas em cartazes, garantindo que sejam lidas.
Vitória, quarta-feira, 24 de dezembro
de 2003.
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