Como Era Bom o Meu
Burguês...
Os burgueses se têm
na conta de beneméritos da humanidade, pois dizem “criar empregos” como se
pudessem ter seus lucros extorsivos através da mais-valia sem criar os postos
de trabalho. Dizem pagar impostos - quando tudo deságua nos lucros e perdas,
enquanto tributos de pessoas jurídicas (grupos e empresas), e nas deduções de
imposto de renda, enquanto tributos de pessoas físicas (indivíduos e famílias)
– que na realidade são integralmente pagos pelo povo.
É trágico, mas a
gente pode aproveitar para rir.
Nesse sentido seria
muito conveniente algum pesquisador juntar-se a um grande escritor que dê o tom
de sátira ao levantamento do maior número possível de visões distorcidas da
burguesia e das elites em geral, que com eufemismos e vários artifícios
racionalizadores vão se vendo como mecenas (que dão o que é dos outros, o IR
deduzido, com permissão do Escritório do Capital, o Governo geral) ou como
distintos beneméritos.
Através da
geo-história das quase 220 nações, como as elites se viram? Como se enxergaram?
Como procuraram mascarar o fato de que são extratores impiedosos do labor
(operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas) alheio? Como se
justificaram perante os seres humanos e Deus? Quem foram esses racionalizadores,
eles mesmos ou os intelectuais orgânicos com eles? Quão espertas foram essas
racionalizações? Quão profundamente eles se alienaram para creditar nisso?
Como propagaram
socialmente esses artifícios? Quanto os trabalhadores, a classe que lhe é
oposta/complementar, acreditou nas mentiras? Como as tecnartes (são 22, as até
agoraqui listadas) se associaram para administrar essa necessidade?
Vitória,
quarta-feira, 08 de outubro de 2003.
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